O que é dermatomiosite?
Dermatomiosite é uma doença inflamatória rara, caracterizada por uma inflamação muscular (miosite) e formação de erupções cutâneas na pele.
A causa exata dessa condição ainda é desconhecida, mas acredita-se que fatores genéticos, imunológicos, infecciosos e ambientais podem contribuir para o desenvolvimento da dermatomiosite.
Embora a dermatomiosite possa afetar pessoas de qualquer idade, é mais comum em crianças entre 5 e 15 anos e adultos entre 40 e 70 anos. As mulheres são mais propensas a desenvolver a doença do que os homens.
Quais os sintomas da dermatomiosite?
Os sintomas da dermatomiosite podem variar de pessoa para pessoa, podendo surgir de repente ou gradualmente ao longo do tempo. Os principais sinais são:
- Prurido na pele afetada pela erupção cutânea;
- Fraqueza muscular em áreas como coxas, quadris, ombros, braços e pescoço;
- Manchas vermelhas na pele, principalmente ao redor dos olhos, cotovelos e joelhos, às vezes acompanhado de edema.;
- Alterações na pele entre as unhas e dedos;
- Dor e sensibilidade muscular;
- Couro cabeludo escamoso ou queda de cabelo;
- Dificuldade ao realizar movimentos simples como subir escadas, levantar objetos ou levantar-se de uma cadeira;
- Dor nos músculos e nas articulações são frequentes, mas regridem com o passar do tempo;
- Dificuldades de engolir devido à inflamação dos músculos da garganta;
- Problemas pulmonares como pneumonia intersticial;
- Úlceras gastrointestinais e infecções, mais comum em crianças;
- Depósitos de cálcio sob a pele, que podem causar nódulos duros;
- Alterações cardíacas são frequentes, mas raramente são sintomáticas;
- Febre alta e perda de peso.

Como é feito o diagnóstico da dermatomiosite?
O diagnostico da dermatomiosite envolve uma combinação de exames físicos e testes laboratoriais:
- Exame físico: os médicos devem avaliar a força muscular e verificar se há erupções cutâneas e outros sinais de inflamação;
- Exames de sangue: podem mostrar níveis elevados de enzimas musculares, o que pode indicar lesão muscular ou anticorpos associados a diversos sintomas de dermatomiosite;
- Radiografia de tórax: permite identificar sinais de problemas pulmonares;
- Eletromiografia: exame que mede a atividade elétrica dos músculos e pode identificar anormalidades;
- Ressonância magnética: pode ser utilizada para identificar inflamações em áreas musculares específicas;
- Biopsia da pele ou músculo: uma pequena amostra de pele ou músculo é removida para análise laboratorial.
Uma abordagem multidisciplinar envolvendo reumatologistas, dermatologistas e neurologistas pode garantir uma avaliação, diagnóstico e tratamento adequados.
A dermatomiosite tem cura?
A dermatomiosite não tem cura, mas os tratamentos disponíveis podem ajudar a controlar os sintomas, reduzir a inflamação, melhorar a qualidade de vida dos pacientes e minimizar o impacto da doença.
Tratamento da dermatomiosite
Os tratamentos disponíveis para a dermatomiosite são:
- Corticosteroides: usados para ajudar a reduzir a inflamação muscular;
- Imunossupressores: podem ser prescritos para pacientes que não respondem adequadamente aos corticosteroides ou que necessitam de redução da dose desses medicamentos devido a efeitos colaterais;
- Imunoglobulina: para pacientes que não respondem a outros medicamentos, a imunoglobulina intravenosa pode ser indicada;
- Fisioterapia: fisioterapia e exercícios específicos são recomendados para manter e melhorar a força muscular e a função motora;
- Proteção da pele: como a exposição ao sol pode agravar as erupções cutâneas, é indicado o uso de protetores solares e roupas protetoras;
- Cirurgia: em alguns casos, a cirurgia pode ser uma opção para tratar depósitos dolorosos e infecionados de cálcio e prevenir infecções recorrentes da pele;
- Membrana Regeneradora Porosa Membracel: nos casos em que a lesão evolui para uma ferida aberta, a Membracel é uma excelente opção, pois diminui a dor e acelera a cicatrização da pele. Por conter poros, a membrana permite a drenagem do excesso de exsudato (secreção da ferida) e favorece as trocas gasosas. Esses fatores auxiliam na formação do tecido de granulação, acelerando o processo de cicatrização de lesões de pele.
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Andrezza Silvano Barreto Enfermeira formada pela UFC | Pós-Graduanda de Estomaterapia pela UECE | Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cuidados Clínicos pela UECE | Consultora Especialista de Produtos da Vuelo Pharma | Consultora de produtos Kalmed Hospitalar desde 2021 | Enfermeira da Equipe de Estomaterapia do Hospital Geral César Cals | Colabora externa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (UFC) desde 2020 com atuação no ambulatório de feridas e incontinência urinária | Preceptora da Pós-graduação em Estomaterapia – UFC no ambulatório de incontinência urinária