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Gastroenterologista: quando consultar e o que ele trata

Gastroenterologista: quando consultar e o que ele trata

Publicação: 11 de abril de 2025

Última modificação: 2 meses atrás

Gastroenterologista: quando consultar e o que ele trata

O que é um gastroenterologista?

O gastroenterologista é o médico especializado no diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças que afetam o sistema digestivo.

Segundo o Ministério da Saúde o aparelho digestivo é composto por boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus.

Já os órgãos digestórios acessórios são os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas.

Ou seja, se há algo de errado com a digestão, absorção de nutrientes ou até mesmo evacuação, o médico gastroenterologista é quem deve ser consultado.

Quando procurar um gastroenterologista

Muitas pessoas só marcam consulta quando o problema está avançado, mas o corpo costuma dar sinais antes disso.

Se você identificar dois ou mais dos sinais abaixo, é hora de buscar um médico gastroenterologista:

  • Azia ou queimação no estômago;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Enjoo e náuseas;
  • Dores abdominais;
  • Gases em excesso ou barriga constantemente estufada;
  • Diarreia ou prisão de ventre;
  • Presença de sangue nas fezes;
  • Fezes escuras e com odor forte;
  • Mau hálito persistente;
  • Perda de peso sem explicação;
  • Cansaço excessivo sem causa aparente.

Atenção: esses sintomas podem estar ligados a condições comuns, como gastrite ou refluxo, mas também a doenças mais graves e silenciosas, como úlcera, hepatites, doenças inflamatórias intestinais e até câncer gastrointestinal.

Gastroenterologista: quando consultar e o que ele trata
Os sintomas gastrointestinais (GI) podem variar de leves a graves – Foto: Adobe Stock

Principais doenças tratadas

As principais doenças tratadas pelo gastroenterologista são:

  • Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), que provoca retorno do conteúdo do estômago para o esôfago, causando azia, queimação no estômago e dor no peito.
  • Gastrite, uma inflamação da mucosa do estômago que provoca sintomas como dor, queimação, náusea e sensação de estômago cheio.
  • Úlcera no estômago, uma ferida que se forma na parede do estômago ou intestino, que pode causar dor intensa, sangramentos e complicações graves se não tratada.
  • Hérnia de hiato que ocorre quando parte do estômago sobe para o tórax através do diafragma, causando refluxo e desconforto abdominal.
  • Síndrome do Intestino Irritável (SII), um distúrbio crônico que causa alternância entre diarreia e prisão de ventre, além de dor e inchaço abdominal.
  • Doença de Crohn, uma inflamação crônica que pode atingir qualquer parte do sistema digestivo, com sintomas como diarreia, dor e perda de apetite e de peso.
  • Retocolite ulcerativa, uma inflamação do cólon e reto, que provoca diarreia com sangue, dor abdominal e cansaço extremo.
  • Diverticulite, uma inflamação dos divertículos (pequenas bolsas no intestino), que pode causar dor intensa, febre e alterações nas fezes.
  • Hepatites virais (A, B, C), infecções no fígado causadas por vírus, podendo levar à insuficiência hepática e cirrose se não tratadas adequadamente.
  • Esteatose hepática (fígado gorduroso), um acúmulo de gordura no fígado, geralmente associado a obesidade, diabetes ou consumo excessivo de álcool.
  • Cirrose hepática, que compromete a função do fígado e pode evoluir para câncer hepático.
  • Cálculos biliares (pedra na vesícula), que forma cristais na vesícula biliar que causam dor, náuseas e, em casos mais graves, inflamações.
  • Infecções intestinais causadas por vírus, bactérias ou parasitas, resultando em diarreia, vômitos e cólicas.
  • Pancreatite, uma inflamação do pâncreas, geralmente causada por álcool ou cálculos biliares, com dor abdominal intensa e risco de complicações.
  • Intolerâncias alimentares (glúten, lactose), que causam diarreia, inchaço, gases e desconforto abdominal após o consumo de certos alimentos.
  • Cânceres gastrointestinais, tumores que se desenvolvem no estômago, esôfago, intestino, pâncreas, fígado, reto e ânus.

É importante destacar que muitas dessas doenças têm sintomas parecidos e silenciosos. Por isso, a avaliação médica especializada é fundamental para um diagnóstico correto e um tratamento adequado.

Gastroenterologista: quando consultar e o que ele trata
Gastrite, doença de Crohn e síndrome do intestino irritável estão entre as doenças gastrointestinais mais comuns – Foto: Adobe Stock

Exames solicitados pelo gastroenterologista

Para realizar um diagnóstico preciso, o médico gastroenterologista pode solicitar uma série de exames clínicos e laboratoriais, dependendo da queixa do paciente.

Os mais exames gastroenterológicos mais comuns são:

  • Endoscopia digestiva alta, que avalia esôfago, estômago e duodeno;
  • Colonoscopia, que examina o intestino grosso e alterações do hábito intestinal;
  • Ultrassonografia abdominal, que analisa fígado, vesícula e rins;
  • Exames de fezes e sangue, que ajudam a identificar infecções, inflamações e anemia;
  • Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, que avalia as doenças das vias biliares e pancreáticas;
  • pHmetria e manometria esofágica, que examina o refluxo gástrico.

Importante: a colonoscopia é o único exame capaz de identificar e remover pólipos antes que eles se tornem câncer.

Além disso, a recomendação médica é que seja feita a partir dos 45 anos, mesmo sem sintomas.

Importância da prevenção e diagnóstico precoce

Muitos ignoram sintomas como azia, gases, prisão de ventre ou dores abdominais recorrentes, tratando como algo corriqueiro.

Mas o corpo sempre manda sinais e quanto antes eles forem interpretados por um especialista, maiores são as chances de evitar complicações sérias.

Segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia, cerca de 20% da população global sofre com algum tipo de problema intestinal, mas 90% dessas pessoas não procuram orientação médica. Muitas se automedicam ou simplesmente aprendem a conviver com o desconforto.

Negligenciar doenças digestivas pode trazer consequências severas, como necessidade de cirurgia, perda de qualidade de vida ou até o desenvolvimento de condições crônicas irreversíveis.

O diagnóstico precoce é uma das maiores armas contra doenças digestivas potencialmente graves, como câncer de intestino, cirrose hepática e doenças inflamatórias intestinais.

Muitas dessas condições evoluem de forma silenciosa e, quando descobertas tardiamente, exigem tratamentos mais complexos e com menores chances de sucesso.

Por outro lado, exames preventivos como a colonoscopia podem detectar alterações ainda em fase inicial e reduzir drasticamente o risco de morte.

Gastroenterologista: quando consultar e o que ele trata
Gastroenterologista com sonda para realizar gastroscopia e colonoscopia – Foto: Adobe Stock

Além disso, existem alguns hábitos que ajudam a prevenir doenças do sistema digestivo, como:

  • Reduzir o consumo de gorduras, frituras e alimentos ultraprocessados;
  • Evitar o excesso de cafeína e refeições muito volumosas, especialmente à noite;
  • Respeitar o intervalo entre a última refeição e o momento de deitar-se;
  • Aumentar a ingestão de fibras e água ao longo do dia;
  • Praticar atividades físicas com regularidade;
  • Evitar o uso indiscriminado de medicamentos, principalmente laxantes, analgésicos e anti-inflamatórios;
  • Manter bons hábitos de higiene alimentar, especialmente em locais com condições sanitárias precárias;
  • Manter a vacinação em dia (como hepatites);
  • Evitar o consumo excessivo de álcool e o tabagismo;
  • Praticar técnicas de relaxamento, como meditação ou yoga, para gerenciar o estresse;
  • Realizar exames periódicos conforme a orientação médica.

Se você chegou até aqui, já sabe que o cuidado com o sistema digestivo precisa ser uma prioridade e não apenas uma reação à dor.

Como se preparar para uma consulta

É comum sentir certa insegurança ao agendar uma consulta com o gastroenterologista, mas estar preparado faz toda a diferença.

Para tornar o atendimento mais eficiente e contribuir para um diagnóstico mais preciso é importante:

  • Anotar todos os sintomas que vem sentindo, com datas, intensidade e frequência.
  • Levar resultados de exames recentes, mesmo que não sejam específicos da área digestiva.
  • Informar todos os medicamentos que você utiliza, incluindo suplementos e fitoterápicos.
  • Descrever seus hábitos alimentares e estilo de vida, como consumo de álcool, cafeína, comidas gordurosas, rotina de sono e prática de atividades físicas.
  • Esteja aberto para seguir orientações, como ajustes na dieta ou a realização de exames complementares.

Lembre-se: quanto mais informações o médico tiver, mais assertivo será o diagnóstico e o plano de tratamento.

Gastroenterologista: quando consultar e o que ele trata
Estar bem preparado é o primeiro passo para cuidar da sua saúde com mais segurança – Foto: Adobe Stock

Relação com outras especialidades médicas

O tratamento de doenças gastrointestinais muitas vezes exige uma abordagem multidisciplinar. O gastroenterologista costuma atuar em parceria com outras especialidades médicas digestivas e profissionais da saúde para garantir um cuidado mais holístico:

  • Nutricionistas, para ajustes na alimentação conforme a condição do paciente;
  • Proctologista, para tratar hemorroidas, fístulas e câncer colorretal;
  • Endocrinologistas, em casos de diabetes, obesidade e distúrbios metabólicos;
  • Hepatologistas, indicados quando há doenças específicas do fígado;
  • Cirurgiões do aparelho digestivo, se houver necessidade de intervenção cirúrgica;
  • Oncologistas, em diagnósticos de câncer gastrointestinal, como os de estômago, pâncreas e intestino.

Se você apresenta sintomas digestivos persistentes, marque uma consulta com gastroenterologista. Não é normalconviver com dores, desconfortos ou alterações intestinais constantes.

Confira aqui um conteúdo completo sobre os hábitos alimentares que ajudam a melhorar o trânsito intestinal.

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