Sentir coceira no corpo todo pode ser muito incômodo, principalmente quando não sabemos o que está causando esse sintoma. A seguir, vamos te ajudar a entender o que pode causar coceira no corpo, quais sinais merecem mais cuidado e, claro, como aliviar esse desconforto.
O que é coceira no corpo?
A coceira no corpo, também conhecida como prurido, é uma sensação incômoda que nos faz querer coçar a pele o tempo todo. Além disso, pode parecer simples, mas quando persiste, interfere no sono, no humor e até na autoestima.
Segundo a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), cerca de 60% das pessoas com 65 anos ou mais sentem prurido com frequência. E quando essa coceira dura mais de seis semanas, ela é considerada crônica, exigindo mais atenção e investigação médica.
A coceira pode ser passageira, como no caso de pele seca ou alergia ao suor, mas também pode ser persistente, indicando problemas mais sérios de saúde ou da própria pele.

Principais causas da coceira na pele
Veja abaixo as causas mais comuns de coceira no corpo:
1. Ressecamento da pele
Uma das causas mais comuns de coceira no corpo é o ressecamento da pele. Isso acontece principalmente em dias frios, secos ou após o uso de sabonetes agressivos.
Quem tem pele sensível, idosos e pessoas que tomam banhos muito quentes estão mais propensas a esse tipo de prurido.
Dica: prefira sabonetes hipoalergênicos, hidrate a pele todos os dias, evite banhos muito quentes e mantenha o ambiente úmido com umidificadores.
2. Alergias (alimentares, medicamentosas, dermatite de contato)
A coceira no corpo também pode ter origem alérgica. Pode ser uma reação desencadeada por alimentos, medicamentos ou contato com substâncias irritantes como perfumes, tecidos sintéticos e produtos de limpeza.
A dermatite de contato, por exemplo, é uma inflamação causada por substâncias que entram em contato com a pele e geram reações como coceira, vermelhidão e descamação.
Fique atento: se a coceira surgir logo após usar um produto novo ou consumir algo específico, é importante consultar um dermatologista ou alergologista.
3. Doenças dermatológicas (eczema, psoríase, urticária)
Algumas doenças de pele causam coceira crônica. O eczema (ou dermatite atópica), pode causar ressecamento, inflamação e coceira que piora à noite.
A psoríase é outra condição que provoca placas avermelhadas, com descamação e coceira. Já a urticária aparece como vergões vermelhos que coçam muito e surgem de repente.
Essas condições devem ser avaliadas por um dermatologista, pois podem se agravar com o tempo e interferir na qualidade de vida.

4. Infecções e parasitas (fungos, sarna, piolhos)
Coceiras persistentes também podem ser causadas por infecções fúngicas como a micose, comuns em regiões quentes e úmidas do corpo.
A sarna, causada por ácaros, causa coceira intensa, principalmente à noite, e pode afetar várias pessoas da mesma casa. Já piolhos ou percevejos também podem provocar coceira, especialmente se houver contato direto ou uso compartilhado de objetos.
Importante: manter a higiene adequada e evitar o compartilhamento de objetos são medidas essenciais para prevenir a propagação dessas infecções.
5. Problemas sistêmicos (diabetes, insuficiência hepática, doenças renais)
Quando a coceira no corpo todo persiste por semanas e não há sinais visíveis na pele, pode estar associada a doenças internas, como diabetes, insuficiência hepática ou doenças renais.
Nesses casos, a coceira pode ser constante, piorar à noite e não melhorar com cremes ou antialérgicos. Se a coceira vier acompanhada de outros sintomas como fadiga, alteração na urina, icterícia (pele amarelada) ou perda de peso, é importante buscar avaliação médica.
6. Fatores emocionais (estresse, ansiedade)
O estresse e a ansiedade também podem desencadear ou piorar a coceira no corpo. Nesses casos, qualquer situação de tensão pode desencadear episódios de coceira, mesmo sem lesões aparentes na pele.
Tratar a causa emocional, por meio de psicoterapia ou técnicas de relaxamento, como meditação, exercícios físicos e técnicas de respiração, podem ajudar a reduzir o estresse e, consequentemente, a coceira.
Como aliviar a coceira no corpo?
Se você está se perguntando o que é bom para coceira no corpo, aqui vão algumas dicas simples que podem ajudar:
- Hidrate a pele diariamente com loções ou cremes sem ureia, de preferência logo após o banho;
- Use sabonetes neutros ou hipoalergênicos e evite produtos com fragrância forte;
- Evite banhos muito quentes, pois ressecam ainda mais a pele;
- Vista roupas leves, de algodão, que não irritem a pele;
- Evite coçar, pois isso pode piorar a irritação ou causar feridas;
- Em casos de alergia, tente identificar e evitar o agente causador;
- Consulte um dermatologista se a coceira for persistente ou intensa.
Quando procurar um médico?
É importante procurar orientação médica se:
- A coceira dura mais de duas semanas sem melhora;
- Há feridas abertas, crostas ou infecções secundárias na pele;
- A coceira é muito intensa e afeta o sono ou o dia a dia;
- Aparecem outros sintomas, como febre, inchaço, cansaço, suor noturno, perda de peso ou mudanças na cor da pele.
Para descobrir o que está causando a coceira, o médico pode solicitar exames de sangue, testes alérgicos, exames microbiológicos ou biópsia da pele.
Consultar um especialista é importante para evitar complicações e garantir um diagnóstico preciso, além de um tratamento adequado.

Tratamento de feridas causadas pela coceira
Quando a coceira no corpo é intensa e persistente, é comum que a pele acabe machucada pelas próprias unhas.
Além disso, essas pequenas lesões podem se transformar em feridas, crostas e até infecções, especialmente se não forem tratadas da forma correta.
O primeiro passo é controlar a causa da coceira. Isso pode incluir:
- Uso de anti-histamínicos, se a coceira for causada por alergias;
- Cremes e loções hidratantes, nos casos de pele ressecada;
- Corticosteroides tópicos, quando há inflamação, como na dermatite atópica, psoríase ou eczema;
- Antibióticos ou antifúngicos, em casos de infecções na pele.
Além do tratamento da causa, também é importante cuidar das feridas para evitar complicações. Algumas orientações ajudam muito nesse processo:
- Evite coçar ou tocar constantemente a pele afetada, mesmo que a vontade seja grande, isso reduz o risco de infecções secundárias;
- Mantenha as unhas curtas e limpas, para não machucar a pele ao coçar involuntariamente;
- Hidrate a pele todos os dias com cremes emolientes, que fortalecem a barreira natural da pele e ajudam a aliviar o ressecamento;
- Dê preferência a banhos curtos e com água morna, pois banhos quentes e demorados ressecam ainda mais a pele;
- Seque-se com cuidado, usando uma toalha macia e sem esfregar a pele;
- Use roupas leves e de algodão, evitando tecidos sintéticos e peças apertadas que podem irritar a pele lesionada;
- Evite alimentos muito condimentados e bebidas alcoólicas, pois podem piorar o quadro em pessoas mais sensíveis;
- Aplique o Spray de Barreira Vuelo, um protetor cutâneo que ajuda a prevenir dermatites e alergias de contato, formando uma película protetora sobre a pele.

Se já houver feridas abertas, a Membrana Regeneradora Porosa Membracel tem excelentes indicações para o tratamento de lesões de pele, pois favorece a regeneração da área afetada, alivia os sintomas e acelera o processo de cicatrização.
Vale lembrar que, em alguns casos, a coceira também pode ser um sinal de que a ferida está cicatrizando. Mas se surgirem sintomas como dor intensa, pus, vermelhidão ou calor na região, é importante procurar um profissional de saúde para uma avaliação adequada.
Quer saber mais? Conheça os 6 principais tipos de dermatites!
Andrezza Silvano Barreto Enfermeira formada pela UFC | Pós-Graduanda de Estomaterapia pela UECE | Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cuidados Clínicos pela UECE | Consultora Especialista de Produtos da Vuelo Pharma | Consultora de produtos Kalmed Hospitalar desde 2021 | Enfermeira da Equipe de Estomaterapia do Hospital Geral César Cals | Colabora externa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (UFC) desde 2020 com atuação no ambulatório de feridas e incontinência urinária | Preceptora da Pós-graduação em Estomaterapia – UFC no ambulatório de incontinência urinária