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Câncer Colorretal: Sintomas, Tratamentos e Diagnóstico

Câncer Colorretal: Sintomas, Tratamentos e Diagnóstico

Publicação: 7 de março de 2025

Última modificação: 3 meses atrás

Câncer Colorretal: Sintomas, Tratamentos e Diagnóstico

Você sabia que o câncer colorretal é o terceiro tipo de tumor mais comum entre os brasileiros?

Segundo o Ministério da Saúde, a cada ano, cerca de 40 mil pessoas recebem esse diagnostico — muitas delas tarde demais.

Apesar de silencioso no início, esse tipo de câncer pode ser fatal se não for identificado a tempo. A boa notícia? Quando descoberto cedo, as chances de cura aumentam consideravelmente.

O Que é o Câncer Colorretal?

O câncer colorretal é um tipo de tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso (cólon) ou no reto.

Geralmente, a maioria desses tumores começa a parir de pólipos — pequenas formações na parece interna do intestino grosso que podem crescer silenciosamente por anos antes de se tornarem cancerígenas.

Câncer Colorretal: Sintomas, Tratamentos e Diagnóstico
Pólipos colorretais são lesões na mucosa do cólon ou reto, que podem ser benignas ou malignas – Fonte: Adobe Stock

O perigo está justamente na evolução silenciosa da doença. Nos estágios iniciais, o câncer colorretal pode não causar sintomas, permitindo que ele avance sem ser percebido.

Quando os sinais aparecem, o tumor já pode estar em um estágio mais agressivo. No entanto, a maioria dos casos tem cura, especialmente se identificado precocemente, antes de haver metástase (disseminação para outros órgãos).

Sintomas do Câncer Colorretal

Os sintomas do câncer colorretal podem variar conforme a localização do tumor e o estágio da doença. Inicialmente, a doença pode não causar sintomas, tornando o diagnóstico precoce um desafio.

No entanto, à medida que a doença progride, os seguintes sinais podem aparecer:

  • Sangue nas fezes (avermelhado ou escurecido);
  • Alteração no hábito intestinal (diarreia ou constipação persistente);
  • Sensação de evacuação incompleta mesmo após ir ao banheiro;
  • Fezes finas e compridas;
  • Dor ou desconforto abdominal constante;
  • Perda de peso sem explicação;
  • Fadiga extrema e fraqueza.

Vale lembrar que esses sintomas podem estar relacionados a outras condições, mas nunca devem ser ignorados. Se notar qualquer um deles, procure um médico o quanto antes.

Câncer Colorretal: Sintomas, Tratamentos e Diagnóstico
A dor abdominal é um dos principais sintomas do câncer colorretal – Foto: Freepik

Fatores de Risco e Prevenção

Vários fatores podem contribuir para o desenvolvimento do câncer colorretal, como:

  • Idade: a maioria dos casos ocorre em pessoas com mais de 50 anos;
  • Histórico familiar: pessoas com parentes de primeiro grau que tiveram câncer colorretal têm maior risco;
  • Doenças Inflamatórias Intestinais (DII): condições como colite ulcerativa e doença de Crohn, aumentam o risco de câncer colorretal;
  • Dieta pobre em fibras e ricas em gorduras: o consumo excessivo de carnes processadas e gorduras saturadas pode aumentar o risco de câncer colorretal;
  • Sedentarismo e obesidade: a falta de atividade física e o excesso de peso aumentam o risco da doença;
  • Tabagismo e alcoolismo: são fatores de risco comprovados, pois aumentam a inflamação e os danos celulares.

A prevenção do câncer colorretal é possível, e pequenas mudanças no estilo de vida podem fazer uma grande diferença na redução do risco:

  • Adote uma dieta rica em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais, e limite o consumo de carnes vermelhas e processadas;
  • Pratique atividades físicas regularmente, pois ajudam a manter o peso saudável e a melhorar a função intestinal;
  • Evite o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, pois esses hábitos aumentam o risco de muitos tipos de câncer, incluindo o colorretal;
  • Realize exames de rastreamento, como a colonoscopia, para detectar precocemente alterações que possam indicar câncer;
  • Controle doenças pré-existentes, como diabetes ou doenças inflamatórias intestinais, pois elas aumentam o risco de câncer colorretal.

Câncer Colorretal: Sintomas, Tratamentos e Diagnóstico
O controle de doenças pré-existentes deve ser feito com acompanhamento médico regular – Foto: Freepik

Diagnóstico e Estadiamento do Câncer Colorretal

O diagnóstico do câncer colorretal começa com uma avaliação detalhada do histórico pessoal e familiar do paciente, além de exames de rastreamento, que ajudam a identificar alterações antes que os sintomas se manifestem:

  • Exame de sangue oculto nas fezes: pode detectar sinais de câncer em estágios iniciais;
  • Colonoscopia: permite visualizar diretamente o interior do cólon e do reto, facilitando a detecção de pólipos e tumores;
  • Retossigmoidoscopia: semelhante a colonoscopia, mas examina apenas a parte inferior do cólon e o reto;
  • Ultrassonografia e tomografia: são usadas para avaliar a extensão do tumor, principalmente se houver suspeita de metástase (disseminação para outros órgãos).
Câncer Colorretal: Sintomas, Tratamentos e Diagnóstico
A colonoscopia é o principal exame para diagnosticar o câncer colorretal – Foto: Freepik

Após a realização desses exames, o câncer colorretal é classificado de acordo com o estadiamento, que determina a extensão da doença.

O sistema mais utilizado para estadiar o câncer colorretal é o TNM, desenvolvido pela American Joint Committee on Cancer, que leva em consideração três critérios principais:

  • T: Tamanho e extensão do tumor primário.
  • N: Presença ou ausência de disseminação para os linfonodos próximos.
  • M: Indicação de metástase em outros órgãos, como fígado ou pulmões.

Com base nesses critérios, o câncer colorretal é classificado em quatro estágios:

  • Estágio I: O tumor está confinado à camada interna do cólon (intestino grosso) ou reto.
  • Estágio II: O tumor invade camadas mais profundas do intestino, mas sem metástases.
  • Estágio III: Há comprometimento de linfonodos próximos.
  • Estágio IV: O câncer se espalhou para outros órgãos, como fígado ou pulmões.

Esse estadiamento é fundamental para determinar o tratamento mais adequado, seja por meio de cirurgia, quimioterapia ou radioterapia.

Tratamentos para o Câncer Colorretal

Se o diagnóstico de câncer colorretal for confirmado, o tratamento será definido com base no estágio da doença, a idade do paciente, seu histórico médico e estado de saúde.

Existem quatro principais formas de tratamento, que podem ser aplicados isoladamente ou em combinação, dependendo do quadro clínico:

  1. Cirurgia

Quando o tumor está no estágio I, a cirurgia é o principal tratamento e pode ser realizada de forma minimamente invasiva ou mais extensa.

Os procedimentos indicados são: cirurgia colonoscópica, cirurgia aberta ou colectomia laparoscópica, sem necessidade de tratamento quimioterápico adjuvante (complementar).

  • Quimioterapia

A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais, podendo ser indicada para casos mais avançados, quando o câncer se espalha para outras partes do corpo, ou para reduzir a chance de recorrência após a cirurgia.

Nos tumores em estágio II, a cirurgia pode ser associada à quimioterapia pós-operatória, conforme a classificação de risco de cada paciente.

  • Radioterapia

A radioterapia é um procedimento que utiliza radiação para destruir as células cancerígenas ou reduzir o tamanho do tumor.

Pode ser aplicada antes da cirurgia, para facilitar a remoção do tumor, ou após a cirurgia, para eliminar células cancerígenas remanescentes.

Quando a cirurgia não é uma opção, a radioterapia pode ser combinada com a quimioterapia para potencializar o tratamento.

  • Imunoterapia

Diferente de outros tratamentos, a imunoterapia não ataca diretamente o tumor, mas estimula o próprio sistema imunológico do paciente a reconhecer e combater as células cancerígenas.

Ao ativar de forma sustentada o sistema imunológico, a imunoterapia pode manter o câncer sob controle a longo prazo, em alguns casos, até sem a necessidade contínua da medicação.

Câncer Colorretal: Sintomas, Tratamentos e Diagnóstico
A imunoterapia é um tratamento biológico – Foto: Freepik

Câncer Colorretal e Qualidade de Vida

O tratamento do câncer colorretal vai além da cura da doença. A qualidade de vida do paciente deve ser prioridade, oferecendo suporte físico, emocional e social em todas as fases.

Os cuidados paliativos têm como foco aliviar os sintomas e a reduzir a dor, garantindo conforto para o paciente e sua família. Essa abordagem deve ser conduzida por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais de saúde.

Mesmo em estágios mais avançados, quando as opções de tratamento se tornam limitadas, os cuidados paliativos continuam a proporcionar dignidade e bem-estar, seja em casa ou em unidades especializadas.

A reabilitação é um processo importante para a recuperação, tanto física quanto emocional, após o tratamento do câncer colorretal. Isso envolve o acompanhamento nutricional, a adaptação ao uso de colostomia (quando necessário) e a prática de atividades físicas, sempre sob orientação médica.

Contar com um suporte contínuo — seja por meio de grupos de apoio, acompanhamento médico ou terapias complementares — ajuda pacientes e familiares enfrentem essa fase com mais segurança e qualidade de vida.

Afinal, mesmo diante dos desafios impostos pelo câncer colorretal, é possível encontrar maneiras de viver com mais conforto e bem-estar.

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