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Incontinência Anal: Causas, Sintomas e Tratamentos

Incontinência Anal: Causas, Sintomas e Tratamentos

Publicação: 29 de novembro de 2024

Última modificação: 7 meses atrás

Incontinência Anal: Causas, Sintomas e Tratamentos

Imagine viver com a sensação constante de não ter controle sobre seu corpo. Para muitos, essa é a realidade da incontinência fecal, uma condição que afeta cerca de 2% da população mundial e pode impactar a qualidade de vida.

No entanto, entender os sintomas, as causas e os tratamentos disponíveis são o primeiro passo para recuperar o bem-estar e a confiança.

O que é Incontinência Anal?

A incontinência anal, também chamada de incontinência intestinal ou incontinência fecal, é uma condição caracterizada pela incapacidade de controlar a eliminação de fezes ou gases.

Existem dois principais tipos de incontinência fecal:

  • Incontinência fecal de urgência: ocorre quando a pessoa sente uma necessidade imediata de evacuar, mas não consegue chegar ao banheiro a tempo;
  • Incontinência fecal passiva: refere-se à perda de fezes ou sujeiras sem que a pessoa perceba, geralmente em pequenas quantidades.

Apesar de ser uma condição mais comum do que se imagina, muitas pessoas evitam buscar ajuda por sentirem vergonha ou desconforto em discutir o problema com familiares ou médicos.

Essa relutância em falar sobre o tema leva muitas delas a sofrer em silêncio, sem saber que existem tratamentos eficazes para controlar ou até resolver a situação.

Dica importante: Se você ou alguém que conhece está enfrentando esse problema, saiba que buscar orientação médica é o primeiro passo para recuperar o controle e melhorar sua qualidade de vida. Quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de sucesso nos tratamentos!

Causas e Fatores de Risco da Incontinência Anal

A incontinência anal pode ser desencadeada por diferentes fatores, que afetam tanto homens quanto mulheres, embora algumas causas sejam mais específicas em mulheres devido a eventos como o parto.

Entre os fatores mais comuns estão:

  • Lesões decorrentes do parto: durante o parto vaginal, pode ocorrer o rompimento do músculo anal ou danos aos nervos responsáveis por sua função, o que torna a incontinência fecal mais prevalente entre mulheres;
  • Enfraquecimento do esfíncter anal com o envelhecimento: à medida que envelhecemos, o músculo do esfíncter pode perder força, dificultando o controle sobre o intestino;
  • Cirurgias ou traumas na região anal: procedimentos médicos, como cirurgias, ou lesões próximas ao músculo anal podem comprometer sua funcionalidade;
  • Condições associadas a fezes moles ou diarreia: a presença frequente de fezes líquidas pode aumentar a urgência e a dificuldade de controlar a evacuação, piorando a condição;
  • Doenças subjacentes: em alguns casos, a incontinência fecal pode ser um sintoma de condições médicas, como doenças inflamatórias intestinais ou neurológicas, que requerem diagnóstico e tratamento.

Diagnóstico da Incontinência Anal

A incontinência anal é diagnosticada pelo enfermeiro estomateraputa ou médico especialista em coloproctologia, com base na avaliação dos sintomas, o histórico e os hábitos intestinais do paciente.

Após a consulta médica, o especialista pode solicitar uma série de exames para ajudar a identificar a causa da incontinência fecal. Esses exames incluem:

  • Exame físico proctológico: consiste em uma inspeção local, toque retal e anuscopia. Essa avaliação permite detectar alterações na força do esfíncter anal e possíveis lesões no ânus que possam estar relacionadas à incontinência;
  • Manometria anorretal: um teste que mede a pressão no ânus e no reto, além de avaliar a sensibilidade e a função reflexa da região;
  • Ultrassom endorretal: esse exame oferece imagens detalhadas do canal anal e do reto, ajudando a identificar danos musculares que comprometem o controle das evacuações;
  • Estudos de trânsito intestinal: avaliam o tempo que os alimentos levam para atravessar o intestino, auxiliando na identificação de problemas como constipação ou obstruções;
  • Defecografia por tomografia ou ressonância magnética: fornece uma análise detalhada da evacuação, permitindo identificar disfunções anatômicas ou funcionais que contribuem para a incontinência fecal.

Incontinência Anal: Causas, Sintomas e Tratamentos
Diagnóstico da incontinência anal – Foto: Istockphoto

Não ignore os sinais da incontinência anal. Um diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença para o sucesso do tratamento e a melhora na qualidade de vida. Consulte um especialista e saiba mais sobre como cuidar da sua saúde intestinal.

Opções de Tratamento para Incontinência Anal

O tratamento da incontinência anal requer uma abordagem holística e personalizada, considerando a causa subjacente, a gravidade dos sintomas e a saúde geral do paciente. Confira as principais opções de tratamento:

Mudanças no estilo de vida

Alterações na dieta e nos hábitos intestinais, podem ser úteis para muitas pessoas, porque o tipo de alimentação e a quantidade de líquidos ingeridos podem ajudar a regular os hábitos intestinais e a consistência das fezes.

Uma alimentação rica em fibras pode ajudar a regular os movimentos intestinais e melhorar a consistência das fezes e a ingestão de líquidos suficientes pode evitar a constipação e facilitar o controle intestinal.

Medicamentos

Há vários medicamentos que podem ser usados no tratamento da incontinência anal, como medicamentos para tratar diarreia ou constipação, ajudando a regular a consistência das fezes, bem como laxantes ou antidiarreicos, conforme necessário. No entanto, é importante consultar um especialista para definir a medicação correta para cada caso.

Exercícios para fortalecimento do assoalho pélvico

Os exercícios para fortalecimento do assoalho pélvico, ajudam a fortalecer os músculos responsáveis pelo controle anal. Além disso, a prática regular pode melhorar a funcionalidade e prevenir episódios de incontinência.

Terapia comportamental associado ao biofeedback e eletroestimulação para fortalecimento muscular

Além dos exercícios, um profissional habilitado em disfunção do assoalho pélvico, pode ajudar a manter um controle mais eficiente dos hábitos intestinais com técnicas manuais e biofeedback para ajudar no fortalecimento adequado dos músculos.

A eletroestimulação também é uma alternativa para o tratamento da incontinência urinaria de esforço e de urgência, pois trabalha com a contração da musculatura do assoalho pélvico.

Tratamentos Cirúrgicos para Incontinência Anal

O tratamento cirúrgico para a incontinência anal é determinado pela causa subjacente e pela gravidade da condição. A abordagem cirúrgica busca restaurar o controle intestinal e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Incontinência Anal: Causas, Sintomas e Tratamentos
Em alguns casos de incontinência anal, pode ser necessário tratamentos cirúrgicos – Foto: Istockphoto

Abaixo, listamos as principais opções cirúrgicas para incontinência fecal:

  • Esfincteroplastia: um procedimento cirúrgico que visa fortalecer os músculos do esfíncter anal e melhorar o controle sobre a evacuação;
  • Graciloplastia com estimulação: envolve a utilização de um músculo do quadril para substituir o esfíncter anal danificado. O músculo é então estimulado eletricamente para melhorar a função e o controle;
  • Implantação de esfíncter artificial: um esfíncter artificial é colocado ao redor do reto para permitir o controle da eliminação das fezes, proporcionando mais autonomia ao paciente;
  • Radiofrequência endoscópica:  o procedimento utiliza ondas de radiofrequência para aquecer e estimular o tecido anal, promovendo a melhoria da função do esfíncter anal e aumentando a retenção fecal.

Dicas de Reabilitação e Controle da Incontinência

Confira algumas práticas que podem ajudar no controle da incontinência anal e melhorar sua qualidade de vida:

  • Mantenha uma dieta equilibrada e use um diário alimentar para identificar alimentos que desencadeiam episódios de incontinência;
  • Adote práticas de higiene adequadas para evitar irritações, infecções e desconfortos;
  • Utilize produtos como Spray de Barreira Vuelo para prevenir irritações e dermatites na região perianal;
  • Controle doenças subjacentes, como diabetes e doenças intestinais, que podem piorar a incontinência;
  • Evite esforço excessivo ao evacuar, isso pode causar lesões nos músculos e nervos responsáveis pelo controle intestinal;
  • Modere o consumo de álcool e cafeína, pois pode ajudar a reduzir episódios de incontinência;
  • Evite o tabagismo, pois o hábito de fumar está associado ao aumento do risco de problemas de controle intestinal;
  • Fortaleça o assoalho pélvico com exercícios específicos, para melhorar o controle muscular;
  • Procure apoio emocional em grupos de apoio ou terapias para ajudar no enfrentamento emocional da condição.

Está em busca de mais informações sobre problemas intestinais e suas soluções? Descubra tudo sobre a ressecção do intestino e como ela pode ser uma alternativa eficaz para certas condições!

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