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O que é assoalho pélvico e porque é tão importante?

O que é assoalho pélvico e porque é tão importante?

Publicação: 7 de novembro de 2025

Última modificação: 1 semana atrás

Descubra o que é o assoalho pélvico, sua função e como fortalecer essa musculatura vital.
O que é assoalho pélvico e porque é tão importante?

O que é o assoalho pélvico?

O assoalho pélvico é um conjunto de músculos, ligamentos e tecidos que formam uma espécie de base de sustentação na parte inferior da pelve.

A função do assoalho é amparar os órgãos pélvicos, como a bexiga, o útero, o reto e a próstata, além de ajudar no controle urinário, intestinal e função sexual.

Nos homens, o enfraquecimento do assoalho pélvico não é comum, mas, nas mulheres devido a fatores como gravidez, parto vaginal, alterações hormonais e o envelhecimento natural.

Por isso, os exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico são formas eficazes de prevenir e tratar essas disfunções, ajudando a restaurar a força, a sustentação e o controle muscular da região.

O que é assoalho pélvico e porque é tão importante?
Localização dos músculos do assoalho pélvico nas pelves masculina e feminina e sua relação com os órgãos internos. Foto: Continence Foundation of Australia.

Principais disfunções do assoalho pélvico

Um assoalho pélvico funcional é aquele capaz de realizar suas funções corretamente. No entanto, disfunções podem ocorrer tanto em pessoas com lesões ou fatores de risco quanto aqueles sem alterações aparentes.

As principais disfunções do assoalho pélvico incluem:

  • Incontinência urinária: perda involuntária de urina, que pode se manifestar como:
    • Incontinência urinária de esforço: escape de urina durante tosse, espirro, risos ou esforço físico, causado pelo enfraquecimento dos músculos que sustentam a bexiga e uretra.
    • Incontinência urinária de urgência: vontade súbita e intensa de urinar, comum em casos de bexiga hiperativa, que pode ser desencadeada por infecções urinárias, alterações neurológicas, diabetes, menopausa ou irritantes da bexiga como cafeína e álcool.
  • Incontinência anal: dificuldade de controlar a evacuação, levando a perda involuntária de fezes e/ou flatos
  • Prolapso genital: deslocamento de órgãos pélvicos, como a bexiga, útero ou reto, que podem pressionar a vagina ou o canal anal, causado pelo enfraquecimento da musculatura.
  • Dor pélvica crônica: desconforto contínuo ou intermitente na região abaixo do abdômen, entre os ossos do quadril, que pode afetar a postura, a vida sexual e atividades do dia a dia.
  • Disfunção sexual: alterações no desempenho sexual ou dor durante a relação, frequentemente associadas a desequilíbrios musculares, dor pélvica ou tensão nos músculos do assoalho pélvico.
  • Disfunções miccionais: problemas no esvaziamento da bexiga, frequência urinária aumentada ou dor ao urinar.

O que é assoalho pélvico e porque é tão importante?
Nos homens, a incontinência urinária normalmente surge como consequência de procedimentos cirúrgicos, como a prostatectomia. Foto: Adobe Stock

Caso apresente qualquer um desses sintomas, é fundamental procurar um profissional de saúde especializado em assoalho pélvico, como Estomaterapeuta, fisioterapeuta pélvico ou médico urologista/ginecologista, para avaliação e indicação do tratamento mais adequado.

Fatores de risco e causas do enfraquecimento do assoalho pélvico

Segundo a Associação Brasileira de Estomaterapia (SOBEST), os principais fatores de risco e causas do enfraquecimento do assoalho pélvico são:

  • Gestações, pois o peso do útero e as alterações hormonais aumentam a pressão sobre os músculos pélvicos.
  • Parto vaginal, pois o esforço e o estiramento das estruturas podem causar microlesões e enfraquecimento.
  • Alterações hormonais, pois a menopausa e a queda dos níveis de estrogênio reduzem a lubrificação e a elasticidade dos tecidos.
  • Envelhecimento, devido a perda natural de massa muscular e colágeno, o que reduz o tônus e a resistência do assoalho pélvico.
  • Obesidade, pois o excesso de peso aumenta a pressão sobre a pelve.
  • Constipação intestinal crônica, pois o esforço repetido para evacuar pode sobrecarregar e enfraquecer os músculos.
  • Condições respiratórias que causam tosse frequente, como bronquite ou tabagismo, aumentam a pressão abdominal e podem causar o enfraquecimento do assoalho pélvico.
  • Cirurgias pélvicas, como procedimentos ginecológicos, urológicos ou intestinais podem afetar a integridade dos nervos e músculos da região.
  • Sedentarismo, pois favorece o relaxamento e a perda de sustentação muscular.

Cuidar do assoalho pélvico envolve prevenir esses fatores e fortalecer a musculatura desde cedo.

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Cuidar do assoalho pélvico durante a gestação é essencial para a saúde da mãe e do bebê. Foto: Adobe Stock.

Exercícios para fortalecer o assoalho pélvico

Agora que você já aprendeu sobre o assoalho pélvico, suas funções e principais disfunções, é hora de saber como fortalecer e cuidar da sua saúde pélvica.

Mesmo que você não apresenta nenhuma disfunção, a musculatura pélvica, assim como qualquer outro músculo, precisa ser exercitada regularmente para manter força, elasticidade e controle.

Além de prevenir complicações, os exercícios melhoram o fluxo sanguíneo, favorecem a lubrificação natural e contribuem para o bem-estar íntimo.

A seguir, veja as principais formas de treinar e cuidar da musculatura pélvica:

1. Exercícios de Kegel

O treinamento da musculatura do assoalho pélvico (TMAP), também chamado de exercícios de Kegel, são os mais conhecidos para fortalecer o assoalho pélvico. Os exercício consistem em contrair e relaxar os músculos como se estivesse “segurando o xixi”. Apesar de parecer simples, é fundamental que sejam orientados por um profissional habilitado em fortalecimento pélvico, pois a execução incorreta pode causar sobrecarga muscular.

Os exercícios de Kegel ajudam a melhorar o controle urinário, prevenir o enfraquecimento da região após o parto e aumentar a consciência corporal e a força da pelve.

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Praticar exercícios de Kegel regularmente ajuda a fortalecer o assoalho pélvico e promove mais bem-estar no dia a dia. Foto: Adobe Stock.

2. Exercícios hipopressivos

Os exercícios hipopressivos são técnicas de respiração e postura que diminuem a pressão sobre o abdômen e a pelve. Ao reduzir essa pressão, eles ajudam na sustentação dos órgãos pélvicos e no fortalecimento do core, sendo especialmente indicados para quem tem prolapso ou passou por cirurgias abdominais.

3. Biofeedback

O biofeedback é um recurso terapêutico que mede a força e o relaxamento dos músculos por meio de sensores posicionados na vagina ou no ânus. O dispositivo mostra, em tempo real, se a contração está sendo feita corretamente, o que melhora o aprendizado e o controle da musculatura. É muito utilizado no tratamento de incontinência urinária e fecal.

4. Eletroterapia

A eletroterapia utiliza correntes elétricas de baixa intensidade para estimular os músculos do assoalho pélvico, promovendo contrações controladas. Esse método é indicado quando há fraqueza muscular severa ou dificuldade em ativar a musculatura de forma voluntária.

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A eletroterapia é uma aliada no fortalecimento do assoalho pélvico, oferecendo suporte seguro e adequado. Foto: Adobe Stock.

5. Terapia manual

A terapia manual pélvica envolve toques e massagens terapêuticas na região perineal para liberar pontos de tensão e melhorar a percepção dos músculos. Também é útil no tratamento de dores pélvicas e disfunções sexuais.

Importante: Antes de iniciar qualquer exercício, procure o suporte de um profissional habilitado em disfunção do assoalho pélvico para garantir segurança e resultados eficazes.

Tratamentos para disfunções do assoalho pélvico

O profissional habilitado em disfunção do assoalho pélvico é, na maioria dos casos, o mais indicado, pois busca fortalecer, relaxar ou reeducar os músculos pélvicos, conforme a necessidade de cada pessoa.

Além disso, o tratamento é indicado tanto para homens quanto mulheres, podendo ser eficaz em casos de incontinência urinária, disfunção sexual, prolapso genital leve e dor pélvica crônica.

No entanto, quando o tratamento conservador não é suficiente, o médico pode indicar cirurgias reconstrutivas, para reposicionar e reforçar os tecidos pélvicos, restaurando a anatomia e a função da região.

Entre as técnicas mais comuns estão:

  • Colporrafia (reparação da parede vaginal);
  • Colpopexia (fixação do fundo vaginal);
  • Correção do prolapso retal ou uterino;
  • Implante de telas ou slings para suporte uretral em casos de incontinência urinária.

Nos casos cirúrgicos, especialmente quando o acesso é feito pela via abdominal baixa (abaixo do umbigo), conhecida como via suprapúbica, podem surgir feridas cirúrgicas que exigem cuidados especiais.

Quando há dificuldade de cicatrização, excesso de secreção ou risco de aderência do curativo ao leito da ferida, pode ser indicado o uso da Membracel.

Quando a cirurgia é realizada pela via suprapúbica (abaixo do umbigo), se houver alguma complicação na cicatrização, é possível sim utilizar a Membracel. Ela ajuda a proteger a área e favorece a recuperação.” explica a enfermeira Andrezza da Vuelo Pharma.

A membrana regeneradora porosa funciona como um substituto temporário da pele que proporciona alívio da dor, proteção da lesão, drenagem das secreções, redução da região exposta a agentes infecciosos e acelera o processo cicatricial.

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Membrana Regeneradora Porosa Membracel. Foto: Vuelo Pharma.

Prevenção e cuidados diários

Cuidar do assoalho pélvico é fundamental para manter a sustentação dos órgãos internos e evitar disfunções. A boa notícia é que a prevenção pode (e deve) ser feita no dia a dia, com hábitos simples e conscientes.

1 – Cuide da postura

Uma postura alinhada, com coluna ereta, ombros relaxados e abdômen suavemente ativado, ajuda a equilibrar a pressão sobre a pelve e mantém os músculos pélvicos em posição funcional.

Além disso, evite ficar longos períodos sentado ou em pé na mesma posição e, sempre que possível, levante-se, alongue e movimente o corpo.

2 – Pratique exercícios regularmente

A atividade física é essencial para fortalecer o corpo como um todo, inclusive o assoalho pélvico. Modalidades como pilates, ioga e treino funcional leve são excelentes para melhorar o tônus muscular e a coordenação entre abdômen, respiração e pelve.

3 – Tenha uma alimentação equilibrada

Uma dieta rica em fibras (frutas, verduras, legumes e grãos integrais) e uma boa ingestão de água ajudam a manter o intestino funcionando bem e evitam a constipação, que é uma das principais causas de sobrecarga sobre o assoalho pélvico.

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Uma alimentação equilibrada contribui para o bom funcionamento do corpo e para a saúde do assoalho pélvico. Foto: Adobe Stock.

Além disso, é importante reduzir o consumo de cafeína, álcool e alimentos ultraprocessados, muito ácidos ou picantes, pois podem irritar a bexiga e piorar os sintomas de urgência urinária.

4 – Controle o peso corporal

O excesso de peso aumenta a pressão sobre os músculos e ligamentos pélvicos. Manter-se dentro de uma faixa saudável de peso corporal é uma forma eficaz de prevenir o enfraquecimento da musculatura e o surgimento de disfunções.

5 – Evite esforços desnecessários

Prender o xixi, segurar espirros, levantar peso de forma errada ou fazer força excessiva para evacuar são hábitos que podem prejudicar o assoalho pélvico. Aprenda a usar a respiração e o apoio abdominal de maneira adequada nessas situações.

6 – Faça acompanhamento preventivo

Consultar um profissional habilitado em disfunção do assoalho pélvico pode ajudar a identificar precocemente sinais de fraqueza muscular e a aprender técnicas de fortalecimento e relaxamento personalizadas para cada fase da vida.

Quando procurar um especialista

Para prevenir ou tratar disfunções do assoalho pélvico, é importante ficar atento aos sintomas:

  • Vontade urgente e frequente de urinar, mesmo com pouca quantidade de urina;
  • Dificuldade em chegar ao banheiro a tempo;
  • Escapes de urina ao tossir, espirrar, rir ou praticar atividades físicas;
  • Dificuldade para esvaziar completamente a bexiga ou o intestino;
  • Sensação de peso ou pressão na região vaginal ou anal;
  • Infecções recorrentes no trato urinário;
  • Dor ou desconforto pélvico persistente;
  • Dor durante as relações sexuais;
  • Alterações no funcionamento intestinal, como constipação crônica;
  • Dificuldade em controlar gases ou fezes.

Ao perceber qualquer um desses sinais, é importante procurar um médico especialista, como proctologista, urologista ou ginecologista, que poderá indicar o diagnóstico correto e o tratamento adequado.

Em muitos casos, o acompanhamento com um profissional habilitado em disfunção do assoalho pélvico também é recomendado, atuando no fortalecimento, reeducação e manutenção da função muscular da região.

Mesmo sem sintomas, consultas preventivas são importantes, ajudando a manter o assoalho pélvico saudável e prevenir disfunções ao longo da vida.

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