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O que é esfíncter: tipos, funções e importância

O que é esfíncter: tipos, funções e importância

Publicação: 12 de novembro de 2025

Última modificação: 1 dia atrás

O que é Esfíncter: Tipos, Funções e Importância

O que é um esfíncter?

O esfíncter é um músculo em forma de anel que tem a função de abrir (relaxar) e fechar (contrair) passagens do corpo, controlando o fluxo de substâncias como alimentos, líquidos, urina e fezes.

Os músculos também regulam a passagem entre diferentes órgãos, ajudando a manter o funcionamento adequado de sistemas como o digestivo, o urinário e o reprodutor.

O corpo humano possui 43 esfíncteres, alguns são involuntários, como o esfíncter interno do ânus e o da bexiga, que funcionam automaticamente, conforme a necessidade do organismo.

Outros são voluntários, como o esfíncter anal externo e o urinário externo, que podem ser controlados conscientemente, permitindo escolher o momento certo para evacuar ou urinar.

Porém, quando há enfraquecimento desses músculos, pode ocorrer incontinência urinária ou anal, caracterizada pela perda involuntária de urina, flatos ou fezes. Por isso, o bom funcionamento dos esfíncteres é importante para manter o controle das eliminações e a qualidade de vida.

Tipos de esfíncteres e suas funções

A seguir, conheça os principais tipos de esfíncteres e suas funções no corpo humano:

1 – Esfíncteres do sistema digestivo

Os esfíncteres do sistema digestivo são responsáveis por controlar a passagem dos alimentos e resíduos ao longo do trato digestivo, garantindo que cada etapa da digestão aconteça no momento certo.

  • Esfíncter esofágico superior (EES): localizado entre a faringe e o esôfago, abre durante a deglutição para permitir a passagem do alimento.
  • Esfíncter esofágico inferior (ou cardíaco): impede o refluxo do conteúdo ácido do estômago para o esôfago.
  • Esfíncter pilórico: regula a saída do alimento parcialmente digerido do estômago para o intestino delgado.
  • Esfíncter de Oddi: controla a liberação da bile e das enzimas pancreáticas para o duodeno.
  • Esfíncter ileocecal: separa o intestino delgado do intestino grosso, controlando a passagem dos resíduos.
  • Esfíncteres anais (interno e externo): regulam a eliminação das fezes. O interno é involuntário, enquanto o externo é controlado conscientemente.

2 – Esfíncteres do trato urinário

Os esfíncteres do trato urinário são músculos que controlam a liberação da urina e mantêm a continência.

  • Esfíncter uretral interno: involuntário, funciona junto à bexiga para reter a urina até o momento da micção.
  • Esfíncter uretral externo: voluntário, localizado no assoalho pélvico, permite segurar a urina até o momento apropriado.

3 – Esfíncteres oculares

Os esfíncteres oculares regulam a entrada de luz nos olhos e o foco da visão.

  • Esfíncter pupilar: contrai-se em ambientes claros para reduzir o tamanho da pupila e controlar a luz que entra.
  • Esfíncter ciliar: ajusta o formato da lente ocular, permitindo o foco da visão para objetos próximos e distantes.

4 – Esfíncteres vasculares

  • Esfíncteres pré-capilares: são minúsculos e extremamente numerosos. Eles controlam o fluxo sanguíneo que chega aos capilares, ajudando a regular a pressão e a distribuição do sangue nos tecidos.

5. Outros esfíncteres funcionais

  • Músculo orbicular dos olhos: funciona como um esfíncter que permite abrir e fechar as pálpebras, tanto de forma voluntária quanto reflexa.
  • Esfíncter vesical: participa do controle da urina na bexiga, trabalhando em conjunto com o esfíncter uretral.

Distúrbios relacionados aos esfíncteres

Quando os esfíncteres perdem a capacidade de contrair ou relaxar adequadamente, podem surgir diversos distúrbios que afetam o funcionamento do sistema digestivo, urinário, ocular e circulatório.

A seguir, veja os principais distúrbios relacionados à disfunção dos esfíncteres:

  • Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE): ocorre quando o esfíncter esofágico inferior não fecha corretamente, permitindo que o ácido do estômago volte para o esôfago. Isso causa sintomas como azia, dor no peito e queimação, especialmente após as refeições ou ao deitar-se.
  • Disfagia: a dificuldade para engolir alimentos pode estar associada à disfunção do esfíncter esofágico superior, que não relaxa de forma adequada durante a deglutição. O problema pode causar sensação de alimento preso na garganta e até engasgos frequentes.
  • Refluxo biliar: acontece quando a bile retorna do intestino delgado para o estômago por falha do esfíncter pilórico. Os sintomas se assemelham ao refluxo ácido, mas podem incluir náuseas, dor abdominal e gosto amargo na boca.
  • Disfunção do esfíncter de Oddi: essa condição afeta o esfíncter que controla a liberação da bile e do suco pancreático no intestino. Quando o músculo não relaxa corretamente, há acúmulo de secreções, provocando dores intensas na região superior do abdômen, que podem irradiar para o tórax.
  • Incontinência anal: decorre da fraqueza ou lesão dos esfíncteres anais, responsáveis por controlar a saída das fezes. Pode causar vazamentos involuntários e está frequentemente associada a partos, cirurgias anorretais ou envelhecimento.
  • Incontinência urinária: quando o esfíncter uretral perde a força, ocorre vazamento involuntário de urina, especialmente ao tossir, espirrar ou realizar esforços físicos. Esse distúrbio é mais comum em mulheres após o parto ou na menopausa, mas também pode afetar homens após cirurgias prostáticas.
  • Distúrbios oculares (miose e midríase):a miose ocorre quando o esfíncter da íris se contrai de forma anormal, resultando em pupilas excessivamente pequenas e visão turva. Já a midríase acontece quando o músculo deixa de responder adequadamente, fazendo com que a pupila permaneça dilatada, causando sensibilidade à luz e dores de cabeça.
  • Edema: quando os esfíncteres pré-capilares, responsáveis por regular o fluxo sanguíneo nos capilares, não funcionam bem, pode ocorrer acúmulo de líquidos em tecidos do corpo. Isso leva a inchaços (edema) nas pernas, pulmões ou até no cérebro, dependendo da região afetada.
  • Blefaroespasmo: está associado à disfunção do músculo orbicular dos olhos, que age como um esfíncter das pálpebras. O problema causa contrações involuntárias e fechamento excessivo dos olhos, podendo interferir na visão e no conforto ocular.

Sintomascomo refluxo frequente, dificuldade para engolir, escapes de urina ou fezes e dores abdominais persistentes devem ser avaliados por um médico especialista, para diagnosticar e orientar o tratamento mais adequado.

Avaliação e tratamento de disfunções esfincterianas

A avaliação das disfunções esfincterianas tem como objetivo identificar se há perda de força, coordenação ou controle nos músculos responsáveis por abrir e fechar as passagens do corpo.

Após analisar os sintomas, o gastroenterologista, urologista ou proctologista, pode solicitar exames clínicos e funcionais, como:

  • Manometria, que mede a força e a pressão de contração dos esfíncteres, como o anal ou o esofágico.
  • Eletromiografia, que avalia a atividade elétrica dos músculos, identificando falhas de coordenação ou fraqueza.
  • Ultrassonografia endoanal ou endorretal, usada para visualizar lesões estruturais nos esfíncteres anais.
  • Endoscopia digestiva, que permite observar o funcionamento dos esfíncteres do trato gastrointestinal, como o esofágico e o pilórico.
  • Urodinâmica, que analisa o funcionamento da bexiga e do esfíncter urinário durante o enchimento e o esvaziamento.

Esses exames ajudam o médico a determinar se a disfunção tem origem muscular, neurológica ou estrutural, orientando o plano de tratamento mais adequado.

O tratamento das disfunções esfincterianas depende da causa, do tipo de esfíncter afetado e da gravidade do quadro. As abordagens podem incluir medidas conservadoras, fisioterapêuticas, medicamentosas ou cirúrgicas.

As medidas preventivas e conservadoras incluem:

  • Reeducação intestinal e urinária: manter horários regulares para evacuar e urinar ajuda a preservar o controle esfincteriano.
  • Alimentação equilibrada: incluir fibras e ingerir bastante água melhora o trânsito intestinal e previne o esforço excessivo.
  • Evitar esforços repetitivos: levantar peso ou prender a respiração com frequência pode enfraquecer a musculatura pélvica.
  • Prática de exercícios de fortalecimento para o assoalho pélvico: como fortalecimento ou ciensioterapia, que fortalece os esfíncteres urinário e anal.
  • Controle do peso corporal: o excesso de peso aumenta a pressão sobre a pelve e favorece disfunções.

Indicada especialmente para casos leves e moderados de incontinência urinária ou fecal, a fisioterapia utiliza exercícios de fortalecimento, biofeedback e eletroestimulação para restaurar o controle muscular e melhorar a coordenação dos esfíncteres.

Já o uso de relaxantes musculares, antiespasmódicos, agentes antirrefluxo ou medicamentos que aumentam o tônus muscular pode ser indicado para regular a contração esfincteriana e reduzir sintomas como dor ou refluxo.

Quando as abordagens conservadoras não são suficientes, pode ser necessária intervenção cirúrgica para reparar ou substituir a função do esfíncter, como esfincteroplastia anal, implante de esfíncter urinário artificial e cirurgia antirrefluxo.

Com o diagnóstico correto, hábitos saudáveis e acompanhamento médico contínuo, é possível recuperar o equilíbrio muscular, prevenir complicações e manter a qualidade de vida.

Gostou deste conteúdo? Então descubra como os músculos do assoalho pélvico influenciam no controle dos esfíncteres e na prevenção de disfunções como incontinência urinária e fecal.

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