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Viver com DII: como reconhecer sintomas e conhecer tratamentos que trazem esperança

Viver com DII: como reconhecer sintomas e conhecer tratamentos que trazem esperança

Publicação: 1 de agosto de 2025

Última modificação: 4 dias atrás

Viver com DII: como reconhecer sintomas e conhecer tratamentos que trazem esperança

Receber o diagnóstico de uma doença inflamatória intestinal (DII) pode ser um momento assustador. É comum surgirem dúvidas, medos e a sensação de que a rotina nunca mais será a mesma.

Mas você não está sozinho(a) nessa jornada. A medicina avançou muito nos últimos anos, e hoje existem novas opções de tratamento, além de cuidados que ajudam a manter qualidade de vida.

O que é DII?

Diferenças entre Crohn e colite ulcerativa

A doença inflamatória intestinal (DII) é um grupo de condições que causam inflamação crônica no trato gastrointestinal. As duas principais formas mais conhecidas são a doença de Crohn e a colite ulcerativa.

A doença de Crohn (DC) causa inflamação crônica que pode afetar todas as partes do trato gastrointestinal, da boca ao ânus. Já a colite ulcerativa (UC) atinge apenas o intestino grosso, causando inflamação e úlceras na mucosa do cólon e do reto.

Viver com DII: como reconhecer sintomas e conhecer tratamentos que trazem esperança
A doença de Crohn e a colite ulcerativa frequentemente causam dores abdominais — Foto: Adobe Stock

Como surge a inflamação (fatores imunológicos/genéticos/ambientais)

A causa exata das DII ainda não está totalmente esclarecida. Entretando, sabemos que envolve uma combinação de fatores genéticos, ambientais e imunológicos, que leva o sistema imunológico a atacar o próprio intestino, causando inflamação crônica.

Sintomas que não devem ser ignorados

Os sintomas da doença inflamatória intestinal (DII) podem variar de pessoa para pessoa, mas alguns sinais de alerta são comuns:

  • Diarreia frequente, às vezes com urgência.
  • Sangue nas fezes ou muco.
  • Dores abdominais ou cólicas frequentes.
  • Fadiga intensa e perda de peso sem explicação.
  • Sintomas fora do intestino, como dores nas articulações, inflamações nos olhos e problemas de pele.

Infelizmente, muitas pessoas demoram a receber o diagnóstico correto. No Brasil, o tempo médio até o diagnóstico pode ultrapassar 12 meses. Por isso, quanto mais cedo for identificada, melhor o controle da doença e menor o risco de complicações.

Diagnóstico: Quais exames ajudam?

Se você ou alguém próximo apresenta sintomas compatíveis com DII, buscar ajuda médica é o primeiro passo. Os exames que ajudam no diagnóstico são:

  • Colonoscopia com biópsia: avalia todo o intestino grosso e parte do delgado, identificando inflamações e coletando amostras de tecido.
  • Calprotectina fecal: exame de fezes simples, ajuda a detectar inflamação intestinal.
  • Cápsula endoscópica ou enteroscopia: úteis para visualizar áreas difíceis, como o intestino delgado.
  • Ultrassom, tomografia ou ressonância magnética: ajudam a identificar espessamentos, abscessos ou complicações fora do intestino.
  • Exames de sangue: verificam inflamação, deficiências nutricionais e ajudam no diagnóstico diferencial.

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O gastroenterologista é o especialista responsável pelo diagnóstico das doenças inflamatórias intestinais — Foto: Adobe Stock

Além disso, existem exames laboratoriais específicos que podem ajudar a diferenciar Crohn e colite ulcerativa:

  • ANCA: quando positivo, está mais associado à colite ulcerativa.
  • ASCA IgA/IgG: mais frequentes na doença de Crohn, embora nem todos os pacientes sejam positivos.

Quanto mais cedo a DII for diagnosticada, maiores as chances de controle dos sintomas e qualidade de vida.

Novos horizontes no tratamento

O que é guselcumabe? (aprovação da Anvisa; reduz ativação inflamatória)

O guselcumabe é um medicamento biológico aprovado recentemente pela Anvisa para o tratamento de colite ulcerativa moderada a severamente ativa. A medicação ajuda a reduzir os sintomas, promover a cicatrização do intestino e manter a doença sob controle, especialmente para quem não responderam bem a outras terapias.

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O guselcumabe pode ser administrado por via intravenosa ou subcutânea — Foto: Adobe Stock

Tulisokibart: opção para quem não responde aos tratamentos tradicionais

O tulisokibart ainda em fase de estudos, mas vem mostrando resultados promissores em pessoas que não responde aos tratamentos tradicionais. Os pesquisadores explicam que o tulisokibart bloqueia a proteína TL1A, envolvida na inflamação e na fibrose que causam sintomas da colite ulcerativa. Embora ainda não esteja amplamente disponível, o tulisokibart representa uma nova esperança para pacientes que buscam de alternativas.

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Tulisokibart (MK-7240) é um anticorpo monoclonal experimental que bloqueia TL1A, estudado para tratar a doença inflamatória intestinal — Foto: Divulgação/Charlie Lees/Beatriz Gros

Abordagens complementares: mesalazina, dietas, ajustes no estilo de vida

Além dos medicamentos mais recentes, outros tratamentos continuam sendo importantes no tratamento da DII, como:

  • Mesalazina, anti-inflamatório usado principalmente na colite ulcerativa leve.
  • Corticoides e imunossupressores, indicados em casos moderados.
  • Alimentação equilibrada, com orientação nutricional para evitar carências e crises.
  • Mudanças no estilo de vida, como manejo do estresse e prática de exercícios leves e boa hidratação.

A boa notícia é que, mesmo sendo uma condição crônica, há cada vez mais opções para viver bem com DII.

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A dieta é um dos principais fatores ambientais que influenciam o surgimento e a evolução da doença — Foto: Adobe Stock

Dicas de qualidade de vida

Conviver com DII pode ser desafiador, mas algumas atitudes ajudam muito a manter a qualidade de vida e o bem-estar:

  • Mantenha o acompanhamento médico regular. Vá às consultas mesmo sem sintomas. O médico pode identificar sinais de atividade da doença antes que você perceba, garantindo mais segurança e eficácia no tratamento.
  • Pare de fumar. Especialmente se você tem doença de Crohn. O cigarro agrava a doença, dificulta o controle e aumenta a chance de precisar de cirurgias.
  • Cuide do peso e da alimentação. Obesidade pode atrapalhar a eficácia dos medicamentos na DII. Invista numa alimentação equilibrada, evitando alimentos gordurosos, condimentados, enlatados e embutidos, sempre com orientação médica ou nutricional.
  • Pratique atividade física. Exercícios leves ajudam a reduzir o estresse, melhorar o funcionamento do intestino e manter a saúde em dia.
  • Cuidado com remédios comuns. Evite anti-inflamatórios não hormonais sem orientação médica, pois podem piorar o quadro da DII. Sempre pergunte ao médico sobre qualquer novo medicamento que queira usar.
  • Valorize seus vínculos pessoais. Manter bons relacionamentos e redes de apoio contribui para o equilíbrio emocional e a felicidade, ajudando a lidar melhor com a doença.

Lembre-se: você não é a doença. Com informação, acompanhamento e atitudes positivas, é possível ter qualidade de vida mesmo convivendo com a DII.

Viver com DII: como reconhecer sintomas e conhecer tratamentos que trazem esperança
O acúmulo de gordura visceral, na região abdominal, está associado ao aumento da inflamação, à progressão da DII e a uma menor resposta aos tratamentos, por isso, cuidar do peso e da alimentação é tão importante — Foto: Adobe Stock

Quando buscar ajuda

Procure seu médico se tiver:

  • Sangramento intenso nas fezes.
  • Perda rápida de peso.
  • Febre sem causa aparente.
  • Dor abdominal intensa.
  • Desânimo extremo ou sintomas emocionais debilitantes.

Não espere para procurar ajuda. Quanto mais cedo o diagnóstico e o início do tratamento, melhores as chances de controlar a doença e evitar complicações.

Além disso, você não está sozinho. Existem redes de apoio, tanto presenciais quanto online, formadas por pessoas que vivem experiências semelhantes e podem ajudar você a enfrentar os desafios com mais leveza.

Conclusão

Ser diagnosticado com uma doença inflamatória intestinal pode, num primeiro momento, abalar muitas certezas, mas também pode ser o começo de um novo olhar para si mesmo. Com o tratamento certo, informação de qualidade e apoio emocional, é possível resgatar a confiança no próprio corpo, construir uma rotina equilibrada e viver com plenitude.

O importante é não enfrentar isso sozinho. Há médicos comprometidos, medicações cada vez mais eficazes, pessoas que entendem sua dor e um futuro em que sua saúde e seu bem-estar podem florescer novamente. A sua jornada é única e cheia de possibilidades.

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