“A educação em diabetes é o que permite que a pessoa saiba tomar as melhores decisões para se manter saudável, prevenir complicações e ter qualidade de vida”, diz Mark Barone, especialista em educação em diabetes e um dos autores de um estudo recém-publicado que analisou a efetividade desses acampamentos.
Durantes alguns dias, as crianças participam de atividades como jogos, passeios, gincanas e torneios esportivos e discutem, de forma descontraída, os temas relacionados aos cuidados com o diabetes. Uma equipe de profissionais da saúde acompanha os participantes, entre eles enfermeiros, nutricionistas, médicos e psicólogos.
No Brasil, os acampamentos estão tendo cada vez mais procura. São dois os eventos promovidos: o acampamento ADJ/UNIFESP/NR, um dos mais tradicionais da América Latina, e o Diabetes Weekend, que já acontece há quase 20 anos. Com uma média de 80 participantes por edição, os eventos acontecem no estado de Minas Gerais.
O resultado do estudo “Are diabetes camps effective?” mostrou que esse tipo de atividade possui um impacto positivo nas questões relacionadas ao aprendizado de novas habilidades e conhecimentos, no controle glicêmico e da pressão arterial e no desenvolvimento social das crianças participantes. “Quem tem diabetes precisa procurar as atividades de educação em associações, grupos e clínicas”, diz Mark.
O estudo está disponível no site da revista científica Diabetes Research and Clinical Practice.
*Mark Barone é autor do blog www.tenhodiabetestipo1eagora.blogspot.com que traz informações sobre educação em diabetes.