O diabetes é uma doença silenciosa – porque não gera necessariamente muitos alertas – e é por isso que é quase sempre subdiagnosticada.
Efeitos do inverno em pessoas com diabetes
A incidência de resfriados e infecções virais, incluindo o vírus da gripe é maior durante o inverno. Pessoas com diabetes correm maior risco de complicações relacionadas à gripe, como pneumonia, bronquite, sinusite e infecções de ouvido.
Além das dificuldades inerentes à gripe, os resfriados podem interferir nos níveis de açúcar no sangue, na circulação sanguínea e na sensibilidade dos nervos.
Complicações
As temperaturas mais baixas podem diminuir a circulação sanguínea, fazendo com que os níveis de açúcar no sangue aumentem como parte da resposta do corpo à infecção. Em alguns casos, a perda de apetite pode causar queda nos níveis de glicose.

Portanto, o mau controle do açúcar no sangue durante este período pode levar a sérias complicações de saúde como:
- Retinopatia diabética: lesões que aparecem na retina do olho, podendo causar pequenos sangramentos;
- Nefropatia diabética: alterações nos vasos sanguíneos dos rins fazem com que haja a perda de proteína na urina;
- Neuropatia diabética: os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando sintomas como: formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos; dores locais e desequilíbrio; enfraquecimento muscular; traumatismo dos pêlos; pressão baixa; distúrbios digestivos; excesso de transpiração e impotência;
- Pé diabético: ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma úlcera (ferida), causada pela má circulação sanguínea;
- Infarto do miocárdio e acidente vascular: ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos como o coração e o cérebro;
- Infecções: o excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o risco de a pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção em áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e local de incisão cirúrgica.
Cuidados para manter o diabetes sob controle no inverno
Entre os principais cuidados para manter o controle do diabetes estão:
- Dieta balanceada: é importante ter uma boa alimentação e nutrição para manter os níveis de glicose estáveis;
- Exercícios físicos: mesmo no inverno, é importante manter-se em movimento, portanto procure fazer caminhadas, academia ou optar por atividades que você pode fazer em casa;
- Proteja seu sistema imunológico: busque tomar vacina anualmente contra a gripe para evitar possíveis infecções;
- Monitoramento dos níveis de glicose: frio pode influenciar os níveis de açúcar no sangue, tornando essencial o monitoramento mais frequente;
- Mantenha as mãos e pés aquecidos: busque se manter bem aquecido com luvas e meias especiais;
- Hidratação da pele: usar hidratantes adequados e evitar banhos muito quentes são medidas importantes para evitar ressecar a pele;
- Observe seus pés: o ar frio pode ressecar e rachar a pele, especialmente nos pés, o que pode causar feridas e infeções. Certifique-se de proteger seus pés com o calçado de inverno adequado.

O cuidado com a pele comprometida exige limpeza adequada da lesão e aplicação de curativos que auxiliem no processo de cicatrização, como a membrana de celulose porosa Membracel.
Por conter poros, a membrana auxilia na drenagem do excesso de secreção (exsudato) e, em pouco tempo, é possível notar a regeneração total da pele, processo, geralmente, bastante doloroso e demorado.
Agora que você já sabe como o inverno pode afetar as pessoas com diabetes, saiba como prevenir essa condição.
Andrezza Silvano Barreto Enfermeira formada pela UFC | Pós-Graduanda de Estomaterapia pela UECE | Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Cuidados Clínicos pela UECE | Consultora Especialista de Produtos da Vuelo Pharma | Consultora de produtos Kalmed Hospitalar desde 2021 | Enfermeira da Equipe de Estomaterapia do Hospital Geral César Cals | Colabora externa da Liga Acadêmica de Enfermagem em Estomaterapia (UFC) desde 2020 com atuação no ambulatório de feridas e incontinência urinária | Preceptora da Pós-graduação em Estomaterapia – UFC no ambulatório de incontinência urinária