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Doença autoimune: entenda com atenção, descubra os sintomas e encontre estratégias para lidar melhor

Doença autoimune: entenda com atenção, descubra os sintomas e encontre estratégias para lidar melhor

Publicação: 30 de setembro de 2025

Última modificação: 6 dias atrás

Descubra os hábitos e atitudes que ajudam a conviver melhor com doenças autoimunes e a manter qualidade de vida.
Doença autoimune: entenda com atenção, descubra os sintomas e encontre estratégias para lidar melhor

O que são doenças autoimunes?

As doenças autoimunes ocorrem quando o sistema imunológico ataca erroneamente as próprias células, tecidos e órgãos saudáveis do corpo. Embora as causas não sejam totalmente conhecidas, acredita-se que as reações autoimunes sejam desencadeadas por uma combinação de fatores genéticos, hormonais e ambientais.

Principais fatores de riscos

Segundo a Global Autoimmune Institute, diversos fatores podem afetar a tolerância imunológica e aumentar o risco de desenvolvimento das doenças autoimunes:

  • 78% das pessoas afetadas por doenças autoimunes são mulheres, devido à influência de hormônios na regulação imunológica.
  • histórico familiar de doenças autoimunes aumenta as chances de desenvolver a condição.
  • excesso de peso está associado a maior risco de doenças como artrite reumatoide e artrite psoriática.
  • tabagismo tem sido associado à artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, esclerose múltipla e outras doenças autoimunes.
  • exposição a toxinas e contato frequente com poluentes atmosféricos, sílica cristalina, radiação ultravioleta ou solventes orgânicos pode contribuir para doenças como a esclerose múltipla.
  • predisposição genética para a autoimunidade aumenta ainda mais o risco de doenças autoimunes.
  • uso de certos medicamentos podem alterar a função do sistema imunológico e desencadear reações autoimunes.
  • infecções virais ou bacterianas podem servir como gatilho, estimulando uma resposta imunológica descontrolada.

Doença autoimune: entenda com atenção, descubra os sintomas e encontre estratégias para lidar melhor

Quais são os sintomas mais comuns de doenças autoimunes?

Os sintomas das doenças autoimunes variam conforme o tipo e a parte do corpo afetada. De acordo com o Global Autoimmune Institute, os sinais mais frequentes são:

  • dor abdominal e refluxo ácido.
  • inchaço e sensibilidade alimentar (como intolerância à lactose).
  • sangue ou muco nas fezes.
  • diarreia, constipação ou fezes pálidas e de odor forte.
  • náuseas, vômitos e perda de apetite.
  • má absorção de nutrientes e dificuldade em ganhar peso.
  • dor e inflamação nas articulações (rigidez, inchaço).
  • dores musculares e fraqueza.
  • coordenação prejudicada.
  • dor óssea e, em casos graves, osteomalácia (amolecimento dos ossos).
  • compulsões, fobias ou hiperfoco.
  • dificuldade de concentração e perda de memória.
  • tontura, dores de cabeça e enxaquecas.
  • visão embaçada e dificuldades de equilíbrio.
  • tremores, convulsões e dormência ou formigamento em membros.
  • insônia e alterações emocionais, como ansiedade e depressão.
  • irregularidade menstrual ou ausência de menstruação.
  • infertilidade ou abortos espontâneos recorrentes.
  • dor na bexiga e micção frequente.
  • início tardio da puberdade em alguns casos.
  • olhos e boca secos.
  • pele ressecada, inflamada ou com coceira.
  • queda de cabelo.
  • erupções cutâneas e manchas avermelhadas.
  • anemia e fadiga constante.
  • febre recorrente e glândulas inchadas.
  • dor no peito ou dificuldade para respirar.
  • alterações no peso (perda ou ganho repentino).
  • maior sensibilidade à temperatura (frio ou calor).

Se notar qualquer um desses sintomas, busque avaliação médica. Quanto mais cedo a doença autoimune for diagnosticada e tratada, maiores são as chances de controlar os sintomas e preservar a qualidade de vida.

Principais doenças autoimunes

As doenças autoimunes mais comuns são:

Doença autoimune: entenda com atenção, descubra os sintomas e encontre estratégias para lidar melhor

Como é feito o diagnóstico de doenças autoimunes?

O diagnóstico de doenças autoimunes é feito com base nos sintomas, histórico de saúde do paciente, resultados laboratoriais e exames de imagem.

Os exames laboratoriais ajudam a identificar sinais de inflamação e autoanticorpos relacionados a diferentes doenças. Os principais são:

  • Hemograma completo (CBC): avalia glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas, que pode indicar anemia ou alterações ligadas à inflamação.
  • Proteína C reativa (PCR): marcador de inflamação liberado pelo fígado, útil para monitorar atividade da doença.
  • Velocidade de hemossedimentação (VHS ou ESR): mede a velocidade com que os glóbulos vermelhos se depositam; valores altos indicam inflamação no corpo.
  • Anticorpos antinucleares (FAN): comuns em doenças como lúpus, artrite reumatoide e esclerodermia.
  • Fator reumatoide (FR) e anti-CCP: associados especialmente à artrite reumatoide.
  • ELISA: detecta diferentes anticorpos, antígenos e proteínas relacionados a doenças autoimunes específicas.

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Já os exames de imagem são usados para avaliar inflamações, alterações estruturais ou danos nos órgãos e tecidos. Os principais são:

  • Ressonância magnética (MRI): identifica inflamações em estágios iniciais.
  • Tomografia computadorizada (TC): mostra alterações estruturais em órgãos e articulações.
  • PET-Scan: detecta inflamação ativa e metabolismo anormal dos tecidos.
  • Ultrassom: avalia inflamação articular e fluxo sanguíneo nos tecidos.
  • SPECT: rastreia biomarcadores específicos de doenças autoimunes.

Os médicos especialistas que frequentemente identificam e tratam pacientes com doenças autoimunes são dermatologistas, endocrinologistas, gastroenterologistas, imunologistas, neurologistas e reumatologistas.

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Tratamentos para doenças autoimunes

O objetivo da maioria dos tratamentos e intervenções para doenças autoimunes é controlar os sintomas, reduzir a inflamação e melhorar a qualidade de vida do paciente. Para isso, os tratamentos mais comuns incluem:

  • anti-inflamatórios e corticoides: ajudam a aliviar a dor e a inflamação, sendo muitas vezes usados em crises ou fases de maior atividade da doença.
  • imunossupressores: reduzem a atividade do sistema imunológico e retardam a progressão dos danos nos tecidos e órgãos.
  • terapias biológicas: bloqueiam substâncias específicas envolvidas na inflamação, como o fator de necrose tumoral (FNT).
  • hormonioterapia: em doenças da tireoide ou quando há alterações hormonais, pode ser necessário repor ou regular a produção de hormônios.
  • em alguns casos, pode ser indicada a plasmaferese, que filtra autoanticorpos do sangue, ou a imunoglobulina intravenosa, que ajuda a equilibrar a resposta imunológica.

Doença autoimune: entenda com atenção, descubra os sintomas e encontre estratégias para lidar melhor

No entanto, o impacto das doenças autoimunes vai além do físico, podendo afetar também a saúde mental. Por isso, o apoio psicológico é fundamental para lidar com ansiedade, estresse ou depressão que podem acompanhar o diagnóstico.

Além disso, o acompanhamento com diferentes especialistas, como reumatologistas, endocrinologistas, nutricionistas e fisioterapeutas, ajudam a garantir um cuidado mais completo e holístico.

Caminhos para viver bem

Para reduzir os impactos das doenças autoimunes, a alimentação precisa ser personalizada, levando em conta sintomas, estágio da doença e possíveis alergias. Ainda assim, existem orientações gerais que podem ajudar no dia a dia:

  • evitar alimentos inflamatórios, como ultraprocessados, açúcar refinado, gorduras trans e excesso de álcool.
  • priorizar alimentos frescos e naturais, como frutas, verduras e legumes orgânicos, de preferência com baixo teor de amido.
  • incluir fontes de ácidos graxos ômega-3, presentes em peixes como salmão e sardinha, além de sementes de linhaça, chia, nozes e azeite de oliva.
  • consumir proteínas de qualidade, como ovos, carnes magras, aves criadas de forma natural, peixes e leguminosas.
  • reduzir alimentos gatilho de inflamação, como glúten, laticínios, soja e milho, quando identificados como sensibilizantes.
  • adicionar alimentos antioxidantes, como frutas vermelhas, vegetais verde-escuros e chá verde ajudam a combater radicais livres.
  • manter uma hidratação adequada, de no mínimo, 2 litros de água por dia, pois auxilia no funcionamento do organismo e na eliminação de toxinas.
  • consumir probióticos (como kefir, iogurte natural, chucrute e kimchi) e fibras (presentes em grãos integrais, sementes e frutas com casca), que favorecem o equilíbrio da microbiota intestinal.
  • apostar em alimentos anti-inflamatórios naturais, como gengibre, cúrcuma, alho, cebola, aipo e nozes que podem ajudar a reduzir processos inflamatórios.

Também é fundamental adotar práticas que visam um estilo de vida mais saudável e natural, tais como:

  • praticar exercícios leves a moderados, como caminhada, pilates, yoga ou musculação orientada, que ajudam a manter a mobilidade, fortalecem músculos e ossos, reduzem inflamações e contribuem para o bem-estar mental.
  • criar uma rotina de sono, evitando telas antes de deitar-se e garantindo de 7 a 9 horas de descanso, para a regulação do sistema imunológico.
  • reduzir gatilhos de estresse com práticas demeditação, respiração profunda, mindfulness e hobbies relaxantes.
  • evitar tabagismo e excesso de álcool, pois aumentam a inflamação e podem agravar os sintomas ou reduzir a eficácia dos tratamentos.
  • tomar sol de forma moderada e segura para a produção de vitamina D, que contribui na saúde imunológica.
  • comparecer as consultas e exames de rotina, para monitorar a evolução da doença, ajustar medicamentos e prevenir complicações.
  • contar com familiares, grupos de suporte ou terapia para lidar com os desafios emocionais do diagnóstico e melhor aceitação ao tratamento.

O conjunto de uma alimentação anti-inflamatória, exercícios físicos moderados e controle do estresse associada ao tratamento adequado, pode melhorar a qualidade de vida de quem convive com doenças autoimunes.

Agora que você já sabe conviver melhor com doenças autoimunes, descubra o que são doenças inflamatórias intestinais.

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