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Incontinência Fecal: O que é, sintomas e tratamento

Incontinência Fecal: O que é, sintomas e tratamento

Publicação: 29 de outubro de 2025

Última modificação: 5 horas atrás

Saiba se a incontinência fecal tem cura, quais são os sintomas e como fortalecer os músculos do assoalho pélvico.
Incontinência Fecal: O que é, sintomas e tratamento

O que é incontinência fecal?

A incontinência fecal (IF) é a perda involuntária de fezes sólidas, líquidas ou gases pelo ânus. Isso ocorre em pessoas que já tinham aprendido a controlar a evacuação normalmente, mas que, por algum motivo, perderam essa capacidade.

Essa condição pode variar desde pequenos escapes de gases até a incapacidade total de segurar a evacuação. Além disso, costuma afetar não só a saúde física, mas também a vida social, emocional e psicológica, já que pode gerar constrangimento, ansiedade e medo de sair de casa.

Clinicamente, a incontinência fecal é classificada em três tipos principais:

  1. Incontinência passiva: quando há perda de fezes ou gases sem que a pessoa perceba a vontade de evacuar.
  2. Incontinência de urgência: quando a pessoa sente vontade de evacuar, mas não consegue segurar até chegar ao banheiro.
  3. Fecal soiling: quando há escape de pequenas quantidades de fezes mesmo depois de já ter evacuado.

A intensidade da condição também pode variar desde pequenos escapes ocasionais de gases até perdas frequentes de fezes líquidas ou sólidas, sendo possível que mais de um tipo de incontinência ocorra ao mesmo tempo na mesma pessoa.

Apesar de muitas pessoas acreditarem que se trata apenas de um problema dos idosos, a incontinência fecal pode acontecer em qualquer idade. Porém, é mais comum em adultos acima de 40 anos e em mulheres que tiveram múltiplos partos.

Incontinência Fecal: O que é, sintomas e tratamento

Principais sintomas da incontinência fecal

Os sintomas da incontinência fecal podem incluir:

  • perda involuntária de fezes, que pode variar de pequenos escapes a perdas maiores;
  • dificuldade em controlar a saída de gases;
  • vontade repentina e incontrolável de evacuar, sem conseguir esperar;
  • eliminação de fezes ou gases sem perceber;
  • sensação de evacuação incompleta após ir ao banheiro;
  • episódios de diarreia ou constipação;
  • irritação, dor ou desconforto na região anal devido ao contato frequente com fezes;
  • cólicas ou dores abdominais;
  • dificuldade para segurar as fezes mesmo ao sentir vontade de evacuar.

Se um ou mais desses sintomas estão presentes, é importante procurar um médico coloproctologista para diagnóstico e tratamento adequados.

Incontinência Fecal: O que é, sintomas e tratamento

Causas da incontinência fecal

As causas mais comuns que causam a incontinência fecal são:

  • Lesões no esfíncter anal durante partos vaginais, cirurgias anorretais ou traumas na região.
  • Danos nos nervos responsáveis por controlar o reto e o esfíncter; podem ser causados por partos, lesões, doenças neurológicas ou envelhecimento.
  • Enfraquecimento muscular devido a idade, reduzindo a capacidade de manter a continência.
  • Alterações intestinais, como contrações muito fortes, diarreia frequente ou fezes muito moles, que aumentam a urgência e favorecem escapes.
  • Doenças do reto e cólon, como inflamações (colite), tumores ou prolapso retal que provocam a perda de controle e exigem avaliação médica imediata.

Incontinência Fecal: O que é, sintomas e tratamento

Além das causas diretas, existem fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver a incontinência fecal:

  • mulheres após parto vaginal, principalmente em gestações múltiplas ou partos complicados;
  • pessoas que já passaram por cirurgias no intestino grosso ou ânus;
  • quem recebeu radioterapia na região pélvica;
  • pessoas com doenças inflamatórias intestinais (como colite ulcerativa e doença de Cron.) ou síndrome do intestino irritável;
  • pacientes com prolapso retal ou dos órgãos pélvicos;
  • pessoas com doenças neurológicas ou lesões na medula espinhal (ex.: esclerose múltipla);
  • idosos frágeis, devido ao envelhecimento natural dos músculos e nervos;
  • crianças ou adolescentes com malformações no esfíncter ou constipação crônica persistente;
  • pessoas com dificuldades cognitivas, de memória ou aprendizado;
  • pacientes que já apresentam incontinência urinária, pois as duas condições podem estar associadas.

Incontinência Fecal: O que é, sintomas e tratamento

Saber reconhecer as causas e os fatores de risco é fundamental para que os médicos e os pacientes possam buscar um diagnóstico precoce e definir o tratamento mais adequado.

A incontinência fecal tem cura?

A incontinência fecal pode ter diferentes causas, que podem ser reversíveis ou irreversíveis. Quando está associada a fatores temporários, como episódios de diarreia, geralmente melhora com o tratamento adequado.

Já nos casos em que há danos mais graves nos músculos ou nos nervos, a cura completa pode não ser possível. Ainda assim, existem diversas formas de reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Por isso, o mais importante é procurar um médico. Apenas com uma avaliação especializada é possível identificar a causa da incontinência e definir o tratamento mais indicado para cada pessoa.

Incontinência Fecal: O que é, sintomas e tratamento

Tratamentos para incontinência fecal

O tratamento da incontinência fecal tem como objetivo restaurar o controle intestinal, reduzir os episódios de escape e trazer mais qualidade de vida.

Aqui estão algumas das opções de tratamento mais comuns:

Mudanças na alimentação e estilo de vida

O tratamento inicialmente se concentra em mudanças na alimentação e no estilo de vida, que pode incluir a ingestão de uma dieta rica em fibras, a ingestão de líquidos, e a prática regular de exercícios físicos para melhorar o funcionamento do intestino e a saúde como um todo. Converse com seu médico ou nutricionista sobre a quantidade de fibras e líquidos adequados para sua condição.

Medicamentos

O uso de medicamentos pode ser importante para reduzir ou aliviar a incontinência fecal. Quando a causa está relacionada à diarreia, o médico pode indicar antidiarreicos, que ajudam a deixar as fezes mais firmes e fáceis de segurar.

Já quando o problema está associado à constipação, podem ser recomendados laxantes leves ou suplementos de fibras, que regulam o trânsito intestinal e facilitam a evacuação.

Treinamento intestinal

O treinamento intestinal é uma estratégia que busca criar uma rotina para evacuar em horários específicos, geralmente após as refeições. Essa prática ajuda o corpo a se acostumar com um padrão regular e pode reduzir os episódios de escape.  É importante saber que os resultados não aparecem de um dia para o outro, é um processo que pode levar algumas semanas ou até meses.

Cirurgia

A cirurgia costuma ser indicada apenas quando outros tratamentos não funcionaram ou quando a incontinência está associada a lesões nos músculos do assoalho pélvico ou esfíncteres anais.

As técnicas cirúrgicas mais comuns para tratar a incontinência fecal são:  

  • reparação dos músculos danificados, que busca restaurar a função natural do esfíncter.
  • implantação de um esfíncter anal artificial, que funciona como um dispositivo de controle da saída das fezes.
  • neuromodulação sacral, procedimento que utiliza impulsos elétricos para estimular os nervos responsáveis pelo controle intestinal.
  • colostomia, uma cirurgia que desvia o intestino para uma abertura no abdômen, permitindo que as fezes sejam coletadas em uma bolsa externa.

Apesar de ser considerada um último recurso, a colostomia pode trazer alívio dos sintomas e devolver qualidade de vida a quem convive com casos severos de incontinência fecal.

Exercícios para incontinência fecal

Os exercícios para os músculos do assoalho pélvico, também chamados de cinesioterapia, fortalecem a musculatura e ajudam a melhorar os sintomas da incontinência fecal.

Os exercícios consistem em contrair e relaxar os músculos várias vezes ao dia, fortalecendo o ânus, o reto e toda a região pélvica. Já a terapia de biofeedback usa dispositivos para ajudar no fortalecimento dos músculos do assoalho pélvico.

No entanto, o acompanhamento um profissional habilitado em disfunção do assoalho pélvico é importante para garantir que os exercícios sejam feitos corretamente e tragam os melhores resultados.

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Autocuidados e prevenção

Algumas medidas simples do dia a dia podem fazer diferença no controle da incontinência fecal e na prevenção de complicações, como por exemplo:

  • tratar corretamente doenças que possam estar associadas à incontinência, como diabetes ou distúrbios intestinais.
  • manter uma alimentação equilibrada e rica em fibras (frutas, verduras, cereais integrais, sementes), pois elas ajudam a dar mais consistência às fezes e regulam o funcionamento do intestino.
  • ingerir cerca de 1,5 a 2 litros de água por dia (6 a 8 copos cheios), para evitar tanto a constipação quanto o ressecamento das fezes, que podem agravar a incontinência.
  • evitar alimentos que podem piorar os sintomas, como café, bebidas alcoólicas, comidas muito gordurosas ou apimentadas.
  • higienizar a região diariamente, preferindo água morna e sabonete com pH neutro.
  • secar a pele com cuidado e usar cremes de barreira ou pomadas protetoras para ajudar a preservar a integridade da pele.
  • utilizar protetores absorventes, como fraldas ou absorventes específicas para adultos, que oferecem mais segurança e evitam constrangimentos no dia a dia.
  • usar produtos como Spray de Barreira Vuelo para prevenir irritações e dermatites na região perianal.
  • praticar exercícios para o fortalecimento do assoalho pélvico para melhorar o controle muscular.
  • evitar esforço excessivo ao evacuar, isso pode causar lesões nos músculos e nervos responsáveis pelo controle intestinal.
  • evitar o tabagismo, pois o hábito de fumar está associado ao aumento do risco de problemas de controle intestinal.

Incontinência Fecal: O que é, sintomas e tratamento

Cuidados com a pele em pacientes com incontinência fecal

O contato frequente com as fezes pode causar irritações, assaduras, inflamações, fissuras e até pequenas feridas difíceis de cicatrizar.

Portanto, os cuidados com a pele são parte essencial do tratamento da incontinência fecal, ajudando a reduzir o desconforto e a prevenir complicações.

Confira algumas dicas importantes de cuidados diários com a pele:

  • após evacuar, prefira limpar-se com papel higiênico macio ou, se possível, lavar a região apenas com água morna.
  • evite antissépticos, que podem causar ardência em caso de feridas.
  • sempre seque a pele com uma toalha macia ou papel higiênico suave, sem esfregar. O atrito pode aumentar a irritação.
  • use sabonete neutro, sem perfume, e evite lenços umedecidos com álcool, talcos, desodorantes ou cremes não prescritos, pois podem agravar a sensibilidade da pele.
  • utilize cremes ou pomadas de barreira (como óxido de zinco ou produtos recomendados pelo médico) ajudam a formar uma camada protetora contra a umidade e resíduos.
  • prefira roupas íntimas de algodão, que permitem a respiração da pele, e evite tecidos sintéticos, jeans ou roupas muito apertadas que aumentem o atrito.
  • lave as roupas íntimas e as toalhas com produtos hipoalergênicos, para evitar reações alérgicas.
  • quando necessário, use fraldas ou absorventes com superfície macia e que não provoquem atrito.
  • verifique regularmente se há sinais de vermelhidão, assaduras ou feridas.
  • ao perceber irritação persistente na pele, procure orientação médica para evitar complicações maiores.

Agora que você já sabe tudo sobre incontinência fecal, entenda quais são as causas, sintomas e tratamentos da incontinência anal.

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