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Lúpus Eritematoso: O que é, sintomas e tratamento

Lúpus Eritematoso: O que é, sintomas e tratamento

Publicação: 22 de abril de 2025

Última modificação: 2 meses atrás

Lúpus Eritematoso: O que é, sintomas e tratamento

Você sabia que o lúpus eritematoso é uma doença autoimune que pode afetar múltiplos órgãos e tecidos do corpo?

Muitas pessoas convivem com sintomas sem saber que têm lúpus, já que a doença pode se manifestar de diferentes formas.

Mas como saber se você tem lúpus? Hoje, você vai entender o que é lúpus, seus sintomas, causas e como conviver com essa condição da melhor forma possível.

O que é lúpus eritematoso?

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, que faz com que o sistema imunológico ataque os próprios tecidos do corpo, causando inflamação em órgãos e articulações.

Segundo o Ministério da Saúde, o LES é a forma mais comum da doença,  representando cerca de 70% dos casos de lúpus.

Além disso, afeta principalmente mulheres entre 15 e 40 anos, embora também possa ocorrer em homens e crianças.

Os dois principais tipos de lúpus são:

  • Lúpus cutâneo: se manifesta apenas na pele, causando manchas avermelhadas (ou eritematosas) principalmente em áreas expostas ao sol, como rosto, orelhas, colo e braços.
  • Lúpus sistêmico: além das manifestações na pele, pode comprometer um ou mais órgãos internos, como rins, pulmões, coração e cérebro, tornando-se potencialmente grave.

Lúpus Eritematoso: O que é, sintomas e tratamento
Lúpus eritematoso sistêmico no rosto – Foto: Adobe Stock

Causas e fatores de risco do lúpus

A causa exata do lúpus eritematoso ainda não é totalmente compreendida, mas estudos sugerem que a doença está relacionada a uma combinação de fatores genéticos, hormonais, ambientais e infecciosos.

Um estudo recente, publicado na revista científica Nature, aponta uma possível origem para a doença: um defeito molecular no sangue dos pacientes, que pode desencadear a resposta autoimune característica do lúpus.

Normalmente, a pessoa descobre que tem lúpus após uma crise desencadeada por algum dos fatores abaixo:

  • Exposição inadequada ao sol, especialmente em horários de radiação intensa;
  • Infecções, que podem tanto iniciar o lúpus quanto causar recaídas da doença;
  • Uso de determinados medicamentos, como antibióticos, anticonvulsivantes e fármacos para controle da pressão alta.

Embora o lúpus possa afetar qualquer pessoa, alguns grupos correm um risco maior:

  • Mulheres em idade fértil são as mais afetadas pela doença;
  • Pessoas com histórico familiar de doenças autoimunes apresentam maior predisposição;
  • Afro-americanos, hispânicos e asiáticos têm uma incidência mais elevada de lúpus;
  • Mulheres negras têm um risco três a quatro vezes maior de desenvolver a doença do que mulheres brancas;
  • Altos níveis de estresse podem desencadear ou agravar os sintomas do lúpus;
  • A maioria dos casos de lúpus ocorre entre 15 e 40 anos, mas a doença pode surgir em qualquer idade.

Agora que você conhece as possíveis causas e fatores de risco, vamos aos sinais de alerta que seu corpo pode estar enviando.

Lúpus Eritematoso: O que é, sintomas e tratamento
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, o estresse pode desencadear ou reativar os sintomas da doença – Foto: Adobe Stock

Sintomas do lúpus eritematoso

O lúpus é conhecido como a doença das mil faces” porque seus sintomas variam muito de pessoa para pessoa.

Além disso, a doença apresenta períodos de remissão (quando os sintomas desaparecem) e crises (quando os sintomas se intensificam).

Fique atento aos sintomas mais comuns:

  • Fadiga extrema que não melhora com descanso;
  • Dores articulares e musculares constantes;
  • Manchas vermelhas no rosto em formato de borboleta;
  • Lesões na pele que surgem ou pioram, principalmente após exposição ao sol;
  • Queda de cabelo excessiva;
  • Febre baixa e persistente sem motivo aparente;
  • Dores no peito ao respirar fundo;
  • Sensação de confusão mental ou perda de memória;
  • Inchaço nos pés e nas mãos.

Se você percebeu alguns desses sintomas, a melhor forma de confirmar o diagnóstico é consultando um médico.

Diagnóstico do lúpus

O diagnóstico do lúpus eritematoso sistêmico (LES) não é simples e pode levar anos até ser confirmado.

Isso porque os sintomas variam de pessoa para pessoa e podem mudar ao longo do tempo, muitas vezes se confundindo com sinais de outras doenças autoimunes ou inflamatórias.

Além disso, não existe um único exame específico para confirmar o diagnóstico. Em vez disso, o reumatologista avalia sintomas clínicos, realiza um exame físico detalhado e solicita diferentes exames laboratoriais e de imagem para chegar a um diagnóstico preciso.

Lúpus Eritematoso: O que é, sintomas e tratamento
O reumatologista é o especialista indicado para diagnosticar e tratar o lúpus – Foto: Adobe Stock

Os exames para mais comuns para diagnosticar Lúpus são:

  • Exame físico: médico analisa sinais como lesões na pele, inchaço nas articulações, queda de cabelo e outros sintomas característicos.
  • Exames de anticorpos: incluem a pesquisa de anticorpos antinucleares (ANA), que estão presentes na maioria dos pacientes com lúpus.
  • Hemograma completo: pode revelar anemia, baixa contagem de plaquetas ou glóbulos brancos, condições comuns em pessoas com lúpus.
  • Radiografia do tórax: ajuda a verificar possíveis inflamações nos pulmões.
  • Biópsia renal: indicada quando há suspeita de comprometimento dos rins, permitindo avaliar a gravidade da doença.
  • Exame de urina: identifica a presença de proteínas ou sangue na urina, o que pode indicar inflamação nos rins (nefrite lúpica).

Com o diagnóstico confirmado, o próximo passo é iniciar o tratamento adequado.

Tratamento do lúpus eritematoso

Embora não exista cura para o lúpus eritematoso, o tratamento adequado pode controlar os sintomas, reduzir inflamações e prevenir complicações graves, proporcionando mais qualidade de vida ao paciente.

Como o lúpus se manifesta de forma diferente em cada pessoa, os médicos podem prescrever diferentes classes de medicamentos, dependendo da gravidade e dos órgãos afetados.

Os medicamentos mais comuns usados no tratamento do lúpus são:

  • Anticoagulantes para reduzir o risco de coágulos sanguíneos, que podem levar a tromboses e outras complicações vasculares.
  • Anti-inflamatórios para ajudar a aliviar dores e inflamações, principalmente nas articulações.
  • Antimaláricos para proteger a pele contra lesões e erupções cutâneas induzidas pela luz ultravioleta (UV).
  • Produtos biológicos para ajudar a regular o sistema imunológico, reduzindo os ataques contra os próprios tecidos do corpo.
  • Imunossupressores para diminuir a atividade do sistema imunológico, evitando danos a órgãos vitais.
  • Corticosteroides (esteróides) para ajudar a combater inflamações intensas e crises agudas da doença.

Cada medicamento possui possíveis efeitos colaterais, que podem variar de leves a graves. Por isso, é importante seguir rigorosamente a orientação médica e nunca interromper o tratamento por conta própria.

Lúpus Eritematoso: O que é, sintomas e tratamento
Apesar de não ter cura, o lúpus pode ser controlado com tratamento, melhorando a qualidade de vida – Foto: Adobe Stock

Conviver com o lúpus: Qualidade de vida e cuidados diários

O lúpus eritematoso sistêmico exige acompanhamento médico contínuo, mas alguns hábitos diários podem ajudar a manter a doença sob controle.

A sensibilidade ao sol é uma das principais preocupações para quem tem lúpus, pois a exposição pode desencadear lesões na pele e até crises sistêmicas.

Para se proteger:

  • Use protetor solar de amplo espectro (FPS 60 ou superior) que bloqueie os raios UVA e UVB todos os dias, mesmo em dias nublados ou na sombra.
  • Reaplique o protetor solar a cada duas horas ou sempre que se molhar ou suar excessivamente.
  • Proteja seus lábios com um protetor labial à base de cera com FPS 15 ou superior.
  • Planeje atividades ao ar livre nas primeiras horas da manhã ou no fim da tarde, quando a radiação solar é menos intensa.
  • Use roupas com proteção UVA e UVB, além de peças de manga longa, calças, óculos escuros e chapéus de aba larga ou bonés.
  • Mantenha uma alimentação equilibrada e pratique atividades físicas para fortalecer o sistema imunológico.
  • Priorize boas noites de sono, pois o descanso adequado ajuda a controlar a fadiga.
  • Controle o estresse com técnicas de relaxamento, como meditação e yoga.
  • Evite fumar e o consumo excessivo de álcool, pois ambos podem agravar a inflamação e intensificar os sintomas.

Agora você já sabe como controlar o lúpus e ter mais qualidade de vida. Mas lembre-se: o acompanhamento médico regular é indispensável.

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