O que é esfacelo na ferida?
Esfacelo é um tecido necrótico que se acumula na superfície de uma ferida, dificultando o processo de cicatrização.
Este tecido é tipicamente amarelado, branco ou até acinzentado e é um sinal de que a ferida está em um processo inflamatório.
O esfacelo é frequentemente encontrado em diferentes tipos de feridas, como úlceras de pressão, úlceras venosas, úlceras diabéticas, queimaduras e lesões traumáticas.
Causas do esfacelo na ferida:
Vários fatores podem contribuir para a formação de esfacelo em feridas, incluindo:
- Presença prolongada de tecido necrótico: a remoção inadequada do tecido morto do leito da ferida pode levar ao acúmulo de esfacelo;
- Circulação prejudicada: a má circulação pode prejudicar a capacidade do corpo de limpar detritos e promover a regeneração dos tecidos, resultando na formação de descamação;
- Infecção: a colonização bacteriana dentro da ferida pode estimular a necrose do tecido e contribuir para o desenvolvimento do esfacelo;
- Condições subjacentes: doenças crônicas como diabetes, doenças vasculares periféricas e distúrbios autoimunes podem comprometer os mecanismos de cicatrização do corpo, aumentando a probabilidade de formação de esfacelo em feridas;
- Queimaduras severas: podem também resultar em esfacelo, especialmente se houver necrose da pele.
Como acontece a formação do esfacelo?
O esfacelo é um tecido necrótico, geralmente, composto por células mortas e fluidos corporais que se acumulam na ferida.
Essa formação ocorre principalmente durante a fase inflamatória da cicatrização, quando o corpo trabalha para reparar o tecido danificado.
Em condições ideais, o organismo passa pelas fases de cicatrização, eliminando os resíduos e avançando para a regeneração completa da ferida.
No entanto, em feridas crônicas, esse processo muitas vezes é interrompido. As feridas crônicas tendem a apresentar esfacelo quando não conseguem progredir adequadamente nas fases normais da cicatrização, resultando em uma resposta inflamatória prolongada.
A inflamação prolongada leva ao acúmulo de substâncias como fibrina, leucócitos, células mortas, micróbios e material proteico, formando o esfacelo.
Portanto, o esfacelo se forma em uma ferida presa na fase inflamatória que precisa de intervenções específicas para continuar o processo de cicatrização.
Como remover o esfacelo da ferida?
A remoção do esfacelo da ferida é essencial para promover a cicatrização e prevenir complicações e deve ser realizado por profissionais especializados em tratamento de feridas, como um enfermeiro estomaterapeuta.
Existem vários tipos e métodos de desbridamento para remover o esfacelo, incluindo:
- Desbridamento autolítico: utiliza as enzimas naturais do corpo para eliminar o tecido desvitalizado;
- Desbridamento enzimático: envolve o uso de um produto químico ou a aplicação de um tratamento tópico no leito da ferida onde o esfacelo está presente e trabalha para quebrar o esfacelo;
- Desbridamento mecânico: consiste na aplicação de um curativo úmido no leito da ferida ou irrigação com pressão controlada;
- Desbridamento cirúrgico: envolve remover precisamente com bisturi o esfacelo e demais tecidos que podem estar impedindo a cicatrização.
No entanto, a escolha do método a ser utilizado vai depender do tipo deferida, profundidade, habilidades do profissional e condições de saúde do paciente.
Qual curativo usar no tratamento de feridas com esfacelo?
O tratamento de feridas com esfacelo normalmente envolve o uso de curativos adequados que ajudam a remover o tecido necrótico e promover a cicatrização.
Curativos que mantêm um ambiente úmido da ferida, como hidrogéis ou hidrocoloides, podem promover o desbridamento autolítico e auxiliar no processo de cicatrização.
Curativos como gazes impregnadas com soluções enzimáticas podem ser indicados para promover o desbridamento enzimático ou mecânico.
A Membrana Regeneradora Porosa Membracel, é uma membrana de celulose cristalina que também pode ser uma aliada na remoção do esfacelo, pois estimula o desbridamento autolítico. O uso da membrana também é indicado após a remoção do tecido desvitalizado, pois acelera a cicatrização e oferece uma barreira protetora contra infecções. Além de poder associar a géis com enzimas e potencializar o processo de desbridamento.
Além disso, seus poros permitem a drenagem do excesso para um curativo secundário, evitando a maceração da pele ao redor da ferida, enquanto promove trocas gasosas essenciais para o processo de cicatrização.
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