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Diabetes Tipo 2: Sintomas, Causas e Tratamentos Eficazes

Diabetes Tipo 2: Sintomas, Causas e Tratamentos Eficazes

Publicação: 24 de fevereiro de 2025

Última modificação: 3 meses atrás

Diabetes Tipo 2: Sintomas, Causas e Tratamentos Eficazes

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) revela que cerca de 20 milhões de brasileiros convivem com o diabetes tipo 2, mas o mais surpreendente é que grande parte das pessoas nem sabe que está em risco, já que os primeiros sinais podem ser facilmente ignorados.

Continue lendo para descobrir tudo sobre o diabetes tipo 2, desde sinais que podem passar despercebidos até as formas mais eficazes de prevenção e tratamento.

O Que é Diabetes Tipo 2?

O diabetes tipo 2 é uma condição crônica caracterizada por níveis elevados de glicose, também conhecida como açúcar no sangue.

Ao contrário do diabetes tipo 1, em que o organismo não produz insulina, no diabetes tipo 2, o corpo não consegue usar adequadamente a insulina ou não produz o suficiente para controlar a taxa de glicemia.

Isso faz com que os níveis de glicose no sangue se elevem, o que pode levar a complicações se não for tratado corretamente.

Embora seja mais comum em pessoas com mais de 40 anos, estudos apontam um aumento na incidência de diabetes tipo 2 entre crianças e adolescentes.

Diabetes Tipo 2: Sintomas, Causas e Tratamentos Eficazes
A diabetes tipo 2 em crianças é menos comum que o tipo 1, mas tem se tornado mais frequente devido ao aumento da obesidade infantil – Foto: Freepik

Sintomas e Diagnóstico

Os sintomas de diabetes tipo 2 podem se desenvolver de forma lenta e, muitas vezes, passam despercebidos. Isso torna o diagnóstico tardio em muitos casos.

No entanto, existem alguns sinais comuns que podem indicar a presença do diabetes tipo 2:

  • Sede excessiva (polidipsia);
  • Fome frequente (polifagia);
  • Urina excessiva (poliúria);
  • Cansaço extremo;
  • Visão embaçada;
  • Boca seca;
  • Formigamento nas mãos e pés (parestesias);
  • Redução de peso não intencional;
  • Manchas escurecidas em regiões de dobras como pescoço, axila e virilha (acantosis nigricans);
  • Infecção urinárias e fúngicas como a candidíase;
  • Feridas que demoram para cicatrizar.

O diagnóstico do diabetes tipo 2 é realizado por meio de exames de sangue ou urina, que medem os níveis de glicose no organismo. O exame é  feito em jejum e deve ser repetido em dois dias diferentes para garantir a precisão dos resultados.

Diabetes Tipo 2: Sintomas, Causas e Tratamentos Eficazes
A monitorização da glicemia pode ser feita de forma capilar ou contínua – Foto: Freepik

Os valores de glicose em jejum são usados para determinar a condição do paciente:

  • Até 99 mg/dL: nível de glicose considerado normal.
  • Entre 100 e 125 mg/dL: indica pré-diabetes, uma condição de risco aumentado para o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
  • Acima de 126 mg/dL: níveis elevados de glicose que sugerem diabetes tipo 2.

Se os resultados indicarem glicose acima de 126 mg/dL em dois exames diferentes, é importante buscar acompanhamento médico para o início do tratamento e controle adequado da doença.

Causas e Fatores de Risco

A principal causa do diabetes tipo 2 está relacionada à resistência à insulina, uma condição em que as células do organismo não respondem adequadamente à insulina.

Isso faz com que o pâncreas produza mais insulina para compensar, mas, eventualmente, o pâncreas não consegue manter esse ritmo e os níveis de glicose no sangue aumentam.

Além disso, existem outros fatores que podem contribuir para o desenvolvimento do diabetes tipo 2:

  • Genética: ter um histórico familiar de diabetes tipo 2 aumenta o risco de desenvolver a doença;
  • Idade: pessoas com mais de 45 anos têm maior risco, especialmente se tiverem outros fatores de risco presentes;
  • Obesidade ou sobrepeso: o excesso de peso, especialmente na região abdominal, é um dos maiores fatores de risco;
  • Sedentarismo: a falta de atividade física regular pode contribuir para o aumento de peso e da resistência à insulina;
  • Pré-diabetes: pessoas que têm níveis de glicose mais elevados do que o normal, mas que ainda não atingiram os critérios para o diagnóstico de diabetes, estão em risco elevado de desenvolver diabetes tipo 2;
  • Pressão alta e colesterol alto: hipertensão e níveis elevados de colesterol aumentam o risco de diabetes tipo 2, pois prejudicam a circulação e podem afetar a função do pâncreas;
  • Histórico de gestação: mulheres que tiveram diabetes gestacional durante a gravidez tem maior chance de desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde na vida.

Diabetes Tipo 2: Sintomas, Causas e Tratamentos Eficazes
A diabetes gestacional pode causar complicações na gestação e para o bebê – Foto: Freepik

Tratamentos Disponíveis

O primeiro passo notratamento do diabetes tipo 2 é a adoção de hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos.

A alimentação deve ser rica em fibras, com a redução do consumo de açúcares e carboidratos simples, enquanto a atividade física, como caminhada, natação ou musculação, deve ser feita no mínimo 3 vezes por semana.

Quando as mudanças no estilo de vida não são suficientes para controlar os níveis de glicose, o médico pode prescrever antidiabéticos orais para ajudar a regular o açúcar no sangue.

Em alguns casos, quando os medicamentos orais não forem suficientes para controlar a glicose ou se o paciente não puder tomar devido a outras condições de saúde, o uso de insulina pode ser necessário.

Por fim, o paciente deve monitorar regularmente os níveis de glicose, com frequência diária ou conforme a orientação médica. O acompanhamento constante permite ajustar o tratamento, caso necessário, e a prevenir complicações a longo prazo.

Diabetes Tipo 2 e Prevenção de Complicações

O diabetes tipo 2 pode levar a diversas complicações de saúde se não for devidamente controlado.

Problemas cardiovasculares, danos aos nervos (neuropatia), insuficiência renal, perda da visão e dificuldades na cicatrização são algumas das consequências mais comuns.

No entanto, existem algumas medidas simples que podem ajudar a prevenir esses problemas e garantir uma melhor qualidade de vida:

  • Manter os níveis de açúcar no sangue sob controle para evitar picos de glicose e complicações;
  • Priorizar uma alimentação equilibrada, com fibras, proteínas magras e gorduras saudáveis;
  • Praticar atividades físicas regularmente para melhorar a circulação, reduzir a resistência à insulina e manter o peso saudável;
  • Monitorar os níveis de glicose com frequência para ajustar o tratamento conforme necessário;
  • Cuidar dos pés diariamente, mantendo-os limpos, hidratados e protegidos para evitar infecções;
  • Realizar consultas médicas regulares para identificar qualquer alteração precocemente;
  • Controlar a pressão arterial e o colesterol junto com a glicemia, para reduzir o risco de doenças cardiovasculares.

Diabetes Tipo 2: Sintomas, Causas e Tratamentos Eficazes
O diabetes pode causar hipertensão, ou pressão alta, e vice-versa – Foto: Freepik

Cuidados com a Pele e Feridas em Pessoas com Diabetes

Pessoas com diabetes tipo 2 precisam redobrar a atenção com a pele, pois a circulação sanguínea reduzida e a neuropatia aumentam o risco de feridas e infecções.

Para evitar complicações, siga estas recomendações:

  • Examine os pés diariamente para detectar modificações como bolhas, calos, rachaduras, mudança de cor ou temperatura;
  • Se tiver dificuldades para enxergar, use um espelho ou peça ajuda de um familiar para examinar os pés;
  • Hidrate os pés diariamente, utilizando hidratantes hipoalergênicos, sem fragrância e dermatologicamente testado, mas sem aplicar entre os dedos;
  • Lave os pés com água e sabão líquido de pH neutro suavemente;
  • Seque bem os pés, especialmente entre os dedos, para evitar infecções fúngicas;
  • Corte as unhas em linha reta, sem remover as cutículas ou tentar desencravá-las;
  • Se houver perda de sensibilidade nos pés, evite aquecê-los com bolsa de água quente, prevenindo queimaduras;
  • Para calos e lesões, procure um profissional de saúde e evite soluções caseiras ou produtos químicos;
  • Não estoure bolhas ou tente remover crostas, pois isso pode piorar a lesão e aumentar o risco de infecção;
  • Evite sapatos apertados, de salto alto ou com costuras internas, que podem causar feridas;
  • Sapatos novos devem ser usados por pouco tempo no início, aumentando gradualmente o tempo de uso;
  • Prefira meias de algodão brancas ou claras  sem costura e sem elástico, de preferência brancas, para identificar machucados com mais facilidade;
  • Evite meias apertadas, pois dificultam a circulação sanguínea;
  • Sempre verifique o interior de meias e calçados antes de usá-los, garantindo que não haja objetos que possam machucar os pés;
  • Evite andar descalço, mesmo dentro de casa, dando preferência a calçados fechados;
  • Higienize e seque bem seus calçados ao sol para evitar proliferação de fungos e bactérias;
  • Use palmilhas diariamente, caso recomendadas por um profissional de saúde;
  • Não utilize produtos químicos, esparadrapos ou adesivos nos pés, pois podem agravar lesões;
  • Evite o consumo de bebidas alcoólicas e cigarro, pois prejudicam a circulação sanguínea e dificultam a cicatrização da pele;
  • Beba pelo menos 2 litros de água por dia para manter a pele hidratada e saudável;
  • Fique atento a sinais de infecção, como vermelhidão, calor, dor ou sinais de micose e frieiras.

Em casos de feridas mais profundas, com sinais de infecção ou que não cicatrizam rapidamente, procure um profissional de saúde imediatamente.

Diabetes Tipo 2 Tem Cura?

O diabetes tipo 2 não tem cura, mas pode ser controlado a ponto de entrar em remissão, ou seja, quando os níveis de glicose se mantêm dentro da faixa saudável sem a necessidade de medicamentos.

No entanto, isso não significa que a doença desapareceu, pois, sem os cuidados adequados, os níveis de açúcar podem voltar a subir.

O controle do diabetes tipo 2 depende, principalmente, da adoção de hábitos saudáveis. A perda de peso, a prática de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada ajudam a reduzir a resistência à insulina e manter a glicose sob controle.

Diabetes Tipo 2: Sintomas, Causas e Tratamentos Eficazes
É possível manter uma boa qualidade de vida, mesmo convivendo com o diabetes – Foto: Freepik

Além disso, é importante lembrar que o organismo possui uma memória metabólica, ou seja, mesmo que os níveis de glicose se normalizem, os efeitos do descontrole glicêmico no passado podem impactar a saúde no futuro.

Por isso, exames regulares e o acompanhamento médico contínuo são fundamentais para o controle da doença e a prevenção de complicações, como doenças cardiovasculares, neuropatias e retinopatia diabética.

O diabetes tipo 2 pode não ter cura, mas com os cuidados certos, é possível viver com saúde, disposição e qualidade de vida.

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