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As bolsas de ostomia têm a finalidade de armazenar fezes ou urina que, por meio de uma intervenção cirúrgica, foram desviadas do fluxo intestinal ou urinário normal.
Essas bolsas coletoras são divididas em:
– Bolsa de colostomia
– Bolsa de ileostomia
– Bolsa de urostomia
Existem diversos tipos e modelos de bolsas de ostomia, que devem ser escolhidos conforme o tipo da ostomia, as necessidades do paciente e as especificações do estoma.
Hoje vamos falar especificamente sobre os estomas intestinas e, portanto, sobre as bolsas coletoras de fezes.
Você pode escolher a bolsa de ostomia…
1 – Quanto ao tipo de ostomia
As bolsas de colostomia e ileostomia foram desenvolvidas para armazenar fezes e, por isso, a abertura de esvaziamento é mais larga.
Já a bolsa de urostomia tem o objetivo de armazenar urina e, portanto, o orifício por onde é esvaziada não precisa ser tão grande.

2- Quanto ao tipo de descarte
As bolsas podem ser drenáveis ou não-drenáveis.
– Drenáveis: uma abertura inferior com fechamento manual permite esvaziar as fezes ao longo do dia. Ou seja, o ostomizado pode higienizar a bolsa sem precisar retirá-la do corpo. Esse tipo de bolsa tem maior durabilidade e o fato de não precisar ser trocada com frequência ajuda a reduzir lesões na pele periestoma.
– Não-drenáveis: são bolsas fechadas. Para esvaziá-las é preciso retirá-las do corpo. Há quem use esse tipo de bolsa como descartável, jogando fora a cada higienização. Como a bolsa precisa ser descolada do abdômen a cada troca, essa frequência pode acabar machucando a pele periestoma e causando lesões.
Dica: veja aqui como evitar lesões na pele ao redor do estoma.

3 – Quanto ao conjunto
A parte da bolsa que vai colada ao abdômen é chamada de placa. Em alguns modelos a placa faz parte da bolsa e em outros a placa se solta da bolsa. São chamadas de bolsas de uma peça ou de duas peças. Veja abaixo:
– Uma peça: a placa é acoplada à bolsa. Ou seja, a placa e a bolsa não se soltam, estando dispostas como um único item. A vida útil desse tipo de bolsa costuma ser de, em média, 3 dias.
– Duas peças: a placa é separada da bolsa. Nesse caso, a placa é fixada ao abdômen e, então, a bolsa é encaixada à placa. Esse modelo permite a lavagem interna da bolsa após dispensar as fezes. Para isso, basta desencaixar a bolsa da placa, limpá-la e encaixá-la novamente no local indicado. Geralmente, esse modelo de bolsa é mais caro, porém, costuma durar mais do que o anterior.

4 – Quanto à opacidade
Quanto ao plástico, as bolsas de ostomia podem ser transparentes ou opacas.
– Transparente: é possível ver o conteúdo armazenado pela bolsa, o que facilita para acompanhar o enchimento da bolsa e, também, avaliar o aspecto das fezes (qualquer pequena alteração é percebida já no início).
– Opaca: é o modelo ideal para aqueles que preferem que o conteúdo da bolsa não fique visível. O plástico é de cor bege, impedindo o contato visual com as fezes.

Como escolher a bolsa de ostomia?
Das diversas opções e marcas disponíveis no mercado, é preciso escolher a bolsa com a qual você mais se adapta. Para isso, pode ser necessário testar alguns modelos até que se encontre o ideal. É uma escolha muito pessoal, já que você deve levar em consideração suas necessidades e preferências.
As condições pós-cirúrgicas e o formato do estoma podem influenciar na escolha da bolsa. Nessa hora, o enfermeiro estomaterapeuta pode dar dicas e ajudar a escolher qual das bolsas de ostomia disponíveis é ideal para o seu caso. Além disso, o estomaterapeuta ajuda a esclarecer dúvidas sobre os cuidados necessários com o estoma e a pele ao redor dele.
Quer mais dicas? Nosso post “Mitos e verdades sobre a bolsa de ostomia” está imperdível! 😉
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