Antes de falar sobre colostomia e ileostomia, precisamos compreender a definição de “ostomia”. Ostomia é o nome dado à cirurgia realizada para construir um novo caminho que liga um órgão ao meio externo. No post de hoje vamos falar sobre as ostomias intestinais, portanto, o órgão em questão é o intestino.

 

Sobre ostomia

A ostomia desvia o fluxo das fezes até uma abertura realizada cirurgicamente no abdômen, chamada de “estoma”. Dessa forma, as fezes passam a ser coletadas por uma bolsa removível, que deve ser higienizada ao longo do dia.  Após a cirurgia, o estoma e o fluxo intestinal não podem ser controlados voluntariamente e, portanto, a bolsa precisa estar acoplada ao estoma 24 horas/dia.

Esse procedimento cirúrgico pode ser indicado em diversos casos. As situações mais comuns são perfurações no abdômen (devido a acidentes de trânsito ou acidentes com arma branca ou arma de fogo), câncer no reto ou no intestino e outras doenças, como doenças crônicas. O desvio do fluxo intestinal pode ser temporário (apenas durante o período de tratamento) ou permanente.

A bolsa de ostomia, que pode ser de uma ou duas peças, deve ser higienizada sempre que 1/3 de sua capacidade esteja cheia. Isso ajuda a evitar vazamentos.

 

O que é colostomia?

É o tipo de ostomia realizada no intestino grosso. É necessária quando o paciente apresenta problemas que o impedem de evacuar normalmente pelo ânus. As colostomias podem ser classificadas de acordo com a parte do intestino grosso em que o estoma é criado.

  1. Colostomia ascendente: realizada na parte ascendente do cólon (lado direito do intestino grosso). Caracterizada por fezes pastosas;
  2. Colostomia descendente: realizada na parte descendente do cólon (lado esquerdo do intestino grosso). As fezes podem ser pastosas ou sólidas;
  3. Colostomia transversa: localizada na parte transversa do cólon (entre o cólon ascendente e descendente). Fezes semilíquidas ou pastosas.
  4. Colostomia úmida: quando a alça é construída para permitir a saída de urina e fezes pelo mesmo estoma. É uma alternativa para pacientes que necessitam também desviar o fluxo urinário para o meio externo.

Ostomia ileostomia

 

 

O que é ileostomia?

É o tipo de ostomia intestinal que liga o intestino delgado ao meio externo. As fezes de uma ileostomia são mais líquidas e ácidas do que as eliminadas por uma colostomia. A ileostomia é realizada em situações em que a passagem das fezes pelo intestino grosso está impedida.

 

Ostomias temporárias e permanentes

As ostomias podem ser temporárias ou permanentes, variando de acordo com cada caso. Os estomas temporários, geralmente, são realizados para evitar a passagem de fezes até que o local operado esteja completamente cicatrizado. Por exemplo, em um caso de tratamento de câncer no reto, o estoma é fechado logo após a cicatrização da cirurgia (em torno de 1 mês). Após a reversão, o paciente volta a evacuar pelo ânus normalmente.

Já os estomas permanentes são necessários quando não é mais possível manter a função normal do intestino e o fluxo fecal precisa ser desviado definitivamente.

 

Cuidados com o estoma

O estoma saudável é vermelho ou rosa vivo e a pele ao redor lisa e sem feridas. Se o estoma apresentar sangramento ou qualquer alteração em seu aspecto, é necessário procurar ajuda de um especialista (médico ou enfermeiro estomaterapeuta). Por isso, é importante observar o estoma regularmente. É normal que, logo após a cirurgia, o estoma fique inchado, mas esse inchaço diminui com o passar dos dias.

Após um período de adaptação ao uso da bolsa, as pessoas ostomizadas costumam voltar às suas atividades e levar uma vida normal, desde que tomem os cuidados necessários para manutenção e limpeza da bolsa de ostomia.

O contato das fezes com a pele periestoma pode causar irritação e até feridas. Por isso, é importante aplicar o Spray de Barreira antes de colar a placa da bolsa. O spray forma uma película de proteção que mantém a pele saudável mesmo que haja contato das fezes com a região periestoma.

Para manter a pele periestoma saudável, siga os passos abaixo:

  • Sempre que for realizar a troca da bolsa, lave bem e seque por completo a pele. Só então cole o adesivo da bolsa;
  • Corte o orifício da placa de forma que ajuste-se perfeitamente ao estoma, sem que fique muito apertado ou com folgas;
  • Ao colar a placa da bolsa, pressione levemente com as mãos para garantir que toda a superfície do adesivo esteja devidamente colada à pele;
  • Ao sentir qualquer desconforto ou coceira na pele, troque a bolsa o quanto antes;
  • Crie o hábito de avaliar o estoma regularmente. Assim, qualquer pequena alteração será percebida já no início;
  • Escolha o modelo de bolsa que melhor se encaixa no seu perfil corporal. Existem vários tipos de bolsas e elencar o modelo ideal para o seu caso ajuda na adaptação à ostomia e a evitar lesões.

Existem produtos específicos que podem ser usados para neutralizar os odores e diminuir os ruídos dentro da bolsa. É o caso do Gelificador para Bolsas de Estomia, que melhora a qualidade de vida do ostomizado. O Gelificador contém óleo essencial de lavanda, que, além de deixar um cheirinho agradável ao higienizar a bolsa, lubrifica a parte interna do dispositivo, facilitando a limpeza. O produto também gelifica os líquidos da bolsa, evitando vazamentos, situações constrangedoras e infiltrações. Veja aqui outros benefícios do Gelificador para Bolsas de Estomia.

 

Quer saber mais? Nesse post demos dicas de como evitar o odor da bolsa de ostomia. Veja também como cuidar de ostomias no calor e no frio.

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